OPINIÃO - Mauro Nazif, o grande pizzaiolo de Porto Velho - Por Paulo Andreoli

Mais quais foram os ingredientes da pizza? Negociaram cargos comissionados no executivo e legislativo municipal. Negociaram duas secretarias, supostamente para Edmilson e Marcio, que desta forma abrem vaga para os suplentes do grupo político de Mauro que

OPINIÃO - Mauro Nazif, o grande pizzaiolo de Porto Velho - Por Paulo Andreoli

Foto: Divulgação

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Uma grande pizzaria no Bairro Pedacinho de Chão. Assim a maioria dos usuários das redes sociais em Rondônia está se referindo a Câmara de Vereadores de Porto Velho, que ontem a noite, absolveu cinco edis acusados de terem ligações com uma quadrilha de estelionatários, liderados pelos marginais Beto Baba e Fernando da Gata.

Para a maioria dos internautas, foi servida uma grande pizza, recheada da conhecida falta de vergonha na cara da política brasileira. Mas como toda boa cantina italiana, temos que ter um pizzaiolo de mão cheia.

E este mestre em preparar massa tem nome. Chama-se Mauro Nazif, o prefeito desta capital esburacada. E explico como o turco preparou a ‘iguaria italiana’.

Há alguns dias, publiquei que um dos acusados estava em visitas rotineiras a Nazif. O estelionatário e vereador Jair Montes, enquadrado 10 vezes no artigo 171 do Código Penal  começou a ser visto no gabinete do prefeito. Foram algumas reuniões que mudaram a postura do vereador que era o maior crítico do alcaide. Daqui pra frente, não estranhem se Jair virar o maior ‘baba-ovo’ de Nazif.

Um suposto acordo para se usar da base do prefeito na CMPV para salvar os cinco acusados deu início. Para o turco, uma garantia de ter cinco vereadores sob sua coleira até o fim do malfadado mandato que está prestes a completar um ano de pasmaria. Uma garantia para Nazif de ter suas contas aprovadas naquela casa de leis mirim. Inventou uma nova modalidade de aliados políticos, os 'zumbis eleitorais', verdadeiros escravos políticos.

Durante a sessão de votação, não passou despercebida a presença da tropa de choque do prefeito. Durante todo o tempo, esgueirando pelos fundos do plenário foi visto seu articulador político e secretário da Semad, professor Mário Medeiros. Outros secretários que em horário de expediente, largaram o serviço e foram para a CMPV estava o ‘Semusb’ Ricardo Favaro, um tal de Itamar e um assessor da ‘cozinha’, o jovem Bruno. Conversas de pé de ouvido, risos escondidos pela mão na boca e muita política do ‘toma lá dá cá’ foi exercida pelos fiéis escudeiros.

Outro ponto na preparação da pizza de Mauro que deixou digital foi a abstenção do seu ex-lider na CMPV, vereador Márcio Pacele.

Seu atual líder, o tucano Edmilson da Dimples (amigo de Beto Baba) viajou para o Rio de Janeiro. Outras situações esdrúxulas foram às desistências de alguns suplentes.

O estelionatário e vereador Jair Montes, enquadrado 10 vezes no artigo 171 do Código Penal  começou a ser visto no gabinete do prefeito

O caso mais emblemático foi do suplente Valter Canuto que simplesmente nem foi. E olha que se ele votasse pela cassação, assumiria como vereador. Outro que causou estranheza foi o tal de Porfírio, que também se eximiu da responsabilidade.

Mais quais foram os ingredientes da pizza? Negociaram cargos comissionados no Executivo e Legislativo municipal. Negociaram duas secretarias, supostamente para Edmilson e Marcio, que desta forma abrem vaga para os suplentes do grupo político de Mauro que ajudaram a preparar a pizza.

Uma verdadeira vergonha. Mas que parece não deixar rubro o atual mandatário, que desde a campanha escrevo – Nazif não tem perfil de administrador. Basta para ver sua clinica, ‘administrada’ há cerca de 30 anos pelo médico. É a cara do ‘mal cuidado’. A cara da 'sujeira'.

Lembro-me que a cerca de um ano atrás, quando o CQC – Custe o Que Custar da Band esteve por aqui atrás das obras paradas do complexo de viadutos da BR, Nazif que já era prefeito eleito, disse que com ele a obra andaria. Passado o tempo, percebe-se que tudo não passou de um engodo pós eleitoral.Ainda estava no embalo de campanha.

Nazif está conseguindo ser pior que Roberto Sobrinho. E olha que para ganhar da incompetência em gerenciamento público da turma do PT tem que se esforçar. (Obs. Nunca pensei que poderia escrever isto)

Por fim, não posso deixar de lembrar do candidato que brigou e esperneou quando outro que pleiteava o Palácio Tancredo Neves disse que Porto Velho era uma favela. Nazif subiu nas tamancas, com discurso ufanista beradeiro. E defendeu as palafitas locais.

- Não era não Português!  Não existia favela por aqui. Favela ainda Nazif vai criar com sua gestão ‘meia boca’.

Então, quando afirmarem que houve uma grande pizza servida aos portovelhenses, não podemos deixar de colocar os pingos nos ’is’.

A Câmara foi o forno.  Pelos menos quatro vereadores estavam alimentando a fornalha, querendo queimar a pizza para estragar a festa da impunidade, entre eles, Léo Moraes, Aelcio Costa e Fogaça. Outros fizeram o papel de mussarela, "dura até entrar no forno", depois amoleceram.

Nazif foi a pizzaiolo, os vereadores que votaram contra a cassação foram os garçons e nós, o povo, ficamos com o papel de lenha. Claro que a indigestão também será nossa.

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