O deputado Adelino Follador (DEM) disse que falta franqueza da secretária de Educação de Rondônia, Isabel Luz, na relação com os trabalhadores em greve. A deputada Epifânia Barbosa, por sua vez, vê contra-senso no fato de as negociações serem centralizadas na Secretaria de Administração, e não na pasta de origem, a Seduc. Já o deputado Maurão de Carvalho, primeiro vice-presidente da ALE, lembrou que a reivindicação central dos professores é, simplesmente, o cumprimento de uma lei já aprovada no parlamento: o Plano de Cargos e Salários (PCCS).
“Eu não vejo preparo nesta senhora para gerir a pasta da Educação. Ela está perdida e conhece muito pouco da secretaria que administra. Não sou de fazer oposição, mas nós precisamos interceder pelo fim da greve”, disse o vice-presidente da ALE, deputado Maurão de Carvalho. Ele reclamou da resistência da secretária em receber os professores indígenas e propôs que os deputados se desloquem em comitiva até ao Palácio Getúlio Vargas, para pedir o envolvimento direto do governador nas negociações.
A petista Epifânia Barbosa afirmou ainda que, na Seduc, “há uma inversão de prioridades, falta transparência, uma vez que o plano de carreira dos trabalhadores está sancionado há 1 ano”. Os parlamentares levantaram preocupações com a reposição das hora-aulas e classificaram a paralisação como de conseqüências drásticas para os alunos.
“Falta boa vontade. Falta gerência. Cortem os gastos que forem necessários, mas a Secretaria da Paz é uma idéia desnecessária”, protestou o deputado Cláudio Carvalho contra a criação, em andamento, de uma nova pasta no governo do Estado. A paz só vem com a garantia de cidadania plena, combate à miséria, oferta de empregos e melhoramento dos índices de violência”, completou. “O próprio governador precisa sentir o clima das greve, e não enviar emissários que nada resolvem”, concluiu, referindo-se à paralisação dos agentes penitenciários e dos policiais civis.