Situação caótica do atendimento do INSS em Rondônia será denunciada à bancada federal
Foto: Divulgação
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Sindicatos de trabalhadores rurais e urbanos de todo Estado, filiados à Federação dos Trabalhadores na Agricultura (FETAGRO) e à Central Única dos Trabalhadores (CUT) vão encaminhar denúncia aos oitos deputados federais e três senadores de Rondônia, relatando a situação dramática do atendimento do INSS em Rondônia, principalmente no setor de perícia médica, que está um caos. Levantamento feito pela FETAGRO na última quarta-feira(8) identificou demora de mais de cinco meses para atendimento por um perito.
O levantamento foi feito em cinco municípios, buscando agendar uma perícia médica para trabalhador afastado por doença ou acidente de trabalho e o resultado foi estarrecedor: Rolim de Moura só tinha vaga na perícia do INSS para o dia 16 de outubro, ou seja, daqui a cinco meses e onze dias. Acontece que a empresa, no caso dos trabalhadores urbanos , só paga salário nos primeiros quinze dias, depois disso ele terá que sobreviver com o benefício do INSS, que só será concedido após a perícia.
No caso de Rolim o doente ou acidentado ficará aproximadamente cinco meses sem rendimentos; sendo que o trabalhador rural é igualmente prejudicado, pois sem condições de trabalhar ele também não terá renda. Em Porto Velho só teria vaga para o início de agosto, quase três meses de demora. Os outros municípios pesquisados foram Ouro Preto com vaga só para 08 de agosto, Cacoal só agendava para 20 de setembro, um prazo de quatro meses e meio; e Ariquemes para 16 de julho com mais de dois meses de espera.
Os sindicatos já reivindicaram da Gerência Executiva Regional a solução deste e de outros problemas; entretanto, a resposta oficial deixa claro que a instância estadual do INSS não tem autonomia para resolvê-los. Por exemplo, sobre a questão da crônica falta de peritos foi informado a publicação da Resolução 280, de 1º de abril 2013, do INSS, que autoriza a credenciamento de médico particular para perícia médica. Entretanto, dificilmente o INSS conseguirá credenciar profissionais, já que paga o valor irrisório de R$ 35,00 por perícia; sendo que até os planos de saúde, que pagam mais, já tem dificuldades, principalmente no Interior.
O presidente da CUT, Itamar Ferreira, informa que a pauta que será encaminhada à bancada federal solicita, além do aumento imediato de peritos, a abertura de mais agências do INSS na Capital e Interior, contratação de mais funcionários administrativos e funcionamento regular das unidades moveis para atender os pequenos municípios. Os sindicalistas querem agendar um reunião de negociação com o presidente do INSS até o dia 20 deste mês, com a participação da bancada. "O que o INSS está fazendo com os trabalhadores doentes e acidentados em Rondônia é desumano e inaceitável", afirma o sindicalista.
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