Imposição de corredor de linha de ônibus na Calama causa prejuízo ao comércio

Os empresários estão inconformados com seus faturamentos que despencaram. “Ninguém consegue sequer atravessar a Calama. Com a proibição de estacionamento o comércio vive dias de penúria e , como é lógico, vamos debitar isto na conta do prefeito” disse um

Da Redação

08 de Maio de 2013 às 09:08

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Imposição de corredor de linha de ônibus na Calama causa prejuízo ao comércio

Foto: Divulgação

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SEM SOLUÇÃO - A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia, representando os empresários, e moradores estiveram com o secretário municipal de Transportes e Trânsito, Carlos Gutemberg, sem conseguir uma solução satisfatória.

A implantação de um corredor exclusivo para ônibus no trecho na Calama entre as avenidas Jorge Teixeira e Presidente Dutra, tem sido objeto de cerradas críticas dos comerciantes e moradores da região que alegam que a Prefeitura só intervem para causar prejuízos sem levar em consideração os pleitos e as queixas dos contribuintes. A insatisfação aumentou ainda mais porque desde 13 de abril não é mais permitido o estacionamento de qualquer veículo até às 19 horas e a multa passou a valer a partir de quarta-feira (1) , quando muitos motoristas foram multado por ter deixado seus carros estacionados do lado direito da via. A Secretaria Municipal de Trânsito (Semtran) alega que quem por ali trabalha, ou transita, tiveram um período de 20 dias de adaptação, porém, os empresários reclamam que, uma modificação deste tipo, além de extemporânea requeria, pelo menos, quatro meses para adaptar e criar estacionamentos, afora o fato de que o número de ônibus que por ali transitam não justificar a medida.

Medida somente beneficia as empresas de ônibus

O conselheiro da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Rondônia e presidente do Sindicato das Empresas Revendedoras de Materiais de Papelaria e Desenho do Estado de Rondônia, empresário Leonardo Calixto da Silva, em nome dos comerciantes e moradores da Calama esteve junto com outras lideranças da região em uma reunião com o secretário municipal de trânsito, Carlos Gutemberg, quando, apesar de ter sido muito bem recebido, reclamou de que “se tomou uma medida unilateral sem qualquer consulta ao comércio e aos moradores”. Para Calixto, a medida “Além de ter tido um impacto imediato no fechamento de empresas acabou por diminuir o faturamento da área em 50% e está causando desemprego e desestimulo aos investimentos” e citou o seu próprio caso que deixará de fazer um prédio para construir um estacionamento. A principal reclamação é que a Prefeitura, que não cuida de coisas essenciais como tapar os buracos, limpar os bueiros e até seus próprios veículos, no prédio da Semusa, ajudam a diminuir os locais de estacionamento, somente intervém de modo negativo impedindo o estacionamento e acabando com um dos mais fortes centros comerciais da capital que é o da Calama.

O secretário Gutemberg, na reunião, alegou que os empresários devem arcar com os custos do seu próprio estacionamento, mas, quando cobrado que os órgãos públicos façam o mesmo disse que muitos “se estabeleceram antes da lei” como se não fosse o caso das empresas. O que, é fato, porém, é que o secretário alega ter feito nove audiências sobre mobilidade urbana, porém, teoricamente, está certo, na prática, a Calama é o próprio caos do trânsito e somente irá piorar com uma medida que ele mesmo admite “ser um processo educativo” , pois, pretende aumentar o número de ônibus que por ali transitam. No futuro, no entanto, já se pode ter uma certeza: com a proibição muitas empresas já estão fechando e empregos se perdendo. Os empresários estão inconformados com seus faturamentos que despencaram. “Ninguém consegue sequer atravessar a Calama. Com a proibição de estacionamento o comércio vive dias de penúria e , como é lógico, vamos debitar isto na conta do prefeito” disse um empresário que não quis se identificar.

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