Nem bem a euforia da vitória diminuiu e o prefeito eleito de Porto Velho, Mauro Nazif (PSB), já mostrou que desmontou mesmo o palanque. Como não precisa mais de frases de efeito nem de se mostrar “puro” e “paladino” da justiça, Nazif já deixou claro que não vai mexer em vespeiro.
Ele adiantou que não vai fazer nenhuma auditoria, nenhuma fiscalização mais rigorosa nas contas e nos recursos aplicados pela atual gestão de Roberto Sobrinho (PT). Na prática, Mauro sinaliza que, se houver mal feitos, que o Ministério Público, o Tribunal de Contas e outras esferas se encarreguem de investigar. Por ele, está tudo "certo"
Talvez isso explique a euforia dos petistas em elegê-lo: Nazif na prefeitura, qualquer desmando de Sobrinho ficará em segredo, debaixo do tapete, adormecido.
O engraçado é que Nazif, nos debates se mostrou possesso quando os adversários falaram algo que deixasse no ar uma interpretação dúbia. Foi assim quando Garçon citou que muitas lâmpadas usadas na iluminação da capital “pareciam compradas na Bolívia”.
De pronto, Mauro Nazif se enfureceu e respondeu cobrando respeito aos bolivianos. Ou seja, para o futuro prefeito, vale mais uma palavra do que uma ação. Falar uma coisa acima do politicamente correto, não pode. Já se for encontrada alguma falcatruazinha sequer na prefeitura, silêncio total.
Também nas entrevistas que concedeu após eleito, Mauro Nazif já lamentou que em seu primeiro ano de mandato irá trabalhar com o orçamento deixado pelo companheiro Roberto Sobrinho.
Parece um aviso, uma desculpa de que não se pode esperar grandes coisas em 2013, para quem prometeu e se comprometeu em mudar a cidade e espalhou aos quatro cantos que “a hora é agora”.