O Governo de Rondônia ainda não tem prazo estipulado para realização de reforma da Unidade de Saúde Social e Fluvial Walter Bártolo (USSFWB), que
afundou em abril deste ano, e também não tem estimativa de prazo para aquisição de um novo barco-hospital. A informação foi confirmada ao
Rondoniaovivo pela assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde (
Sesau) nesta terça-feira (23).
Entretanto, as tratativas para a reforma do barco já foram iniciadas. No momento, o processo encontra-se em fase de avaliação pela equipe técnica e a Sesau deve realizar uma reunião na próxima segunda-feira (29) para deliberar sobre prazos. O barco - que custou cerca de
R$ 4 milhões - já foi içado, mas pode ter sofrido
danos irreparáveis.
Relembre o caso
A Unidade de Saúde Social e Fluvial Walter Bártolo naufragou na madrugada de 30 de abril no rio Mamoré, em Guajará-Mirim. Inaugurado em 2016 como compensação social da Usina Hidrelétrica Jirau, o barco oferecia atendimento médico gratuito e contínuo a comunidades ribeirinhas e indígenas. A embarcação operava em sistema de rodízio, com equipes multiprofissionais a bordo.
O naufrágio não deixou vítimas. A Marinha e a Polícia Militar investigam possíveis causas do afundamento. Conforme reportou o Tudo Rondônia, a embarcação não apresentava rachaduras ou qualquer problema estrutural. O Governo do Estado confirmou que o barco estava com a documentação em dia. O Rondoniaovivo tenta contato com os órgãos responsáveis pelo inquérito, que até o momento não teve conclusões divulgadas.
O governador Marcos Rocha (UB), em entrevista concedida ao
Conexão Rondoniaovivo em julho, estimou que o reparo do barco custaria R$ 3 milhões e uma nova embacação custaria em torno de R$ 10 milhões. "Se nós conseguirmos recuperar ele e termos um novo, serão dois barcos atuando. É isso que eu quero fazer", disse.
Continuidade de atendimentos
Após o naufrágio do barco-hospital Walter Bártolo, a Secretaria de Estado da Saúde manteve ações para garantir o acesso das
comunidades ribeirinhas e indígenas aos serviços de saúde.
Foram realizadas duas missões após o afundamento do barco-hospital, totalizando quatro missões de saúde em 2025, resultando em 7.394 atendimentos - incluindo procedimentos médicos e distribuição de medicamentos. As missões foram executadas por via terrestre e com apoio fluvial da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (
Idaron).
Possível aquisição de unidade
O Rondoniaovivo apurou que o senador
Confúcio Moura (MDB) tem organizado movimentações para aquisição de um novo barco-hospital. À época do acontecimento, o parlamentar lamentou o naufrágio e cobrou 'rigorosa investigação'.
"Ver algo com tanto valor social sendo destruído assim dói demais. Se houve negligência, o responsável precisa responder. O prejuízo não é só material — é humano",
declarou Moura.