Realizado nos dias 8 e 9 de agosto, em Porto Velho pelo Governo de Rondônia em parceria com a Comissão de Promoção da Exportação e do Turismo do Peru (PromPeru) e apoio da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (FIERO) tendo à frente o presidente Denis Baú, Facer, Sebrae, Fecomércio, e associações comerciais, a Expo Peru 2012 reuniu empresários rondonienses vindos de todos os municípios, representantes de outros estados da região norte e de todo o país.
A Expo Peru Amazônia 2012 possibilitou além do estabelecimento de intercâmbio de informações para futuras negociações entre empresas dos dois países, muitos empresários brasileiros e peruanos fecharam negócios durante as duas rodadas de negócios. Dia 8 – entre operadores logísticos, e dia 9, entre diversos setores como alimentação, têxtil, manufaturas diversas e de logística.
O governador Confúcio Moura expressou sua satisfação com o resultado desse encontro, que contou com a presença do representante do governo federal brasileiro, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Gustavo Fontenele. “Ter o Peru como parceiro estratégico é um grande privilégio para o Brasil”. Ele também comentou que “existem dois pilares a serem trabalhados – o fortalecimento de políticas de estímulo do comércio e a superação dos gargalos existentes – para que os negócios entre os dois países deem um grande e importante salto de qualidade”, comentou.
Já a comitiva formada por 84 peruanos – entre autoridades e empresários daquele país – foi chefiada pelo ministro de Comércio Exterior e Turismo e presidente da PromPeru, José Luis Silva Martinot. “Os peruanos têm interesse em diversos produtos rondonienses, especialmente a carne bovina, o leite industrializado e seus derivados, a água mineral e bebidas em geral, além de inúmeros produtos alimentícios e em praticamente todos os setores da economia” afirmou o ministro.
Martinot explicou que o Peru é produtor de farinha de peixe, de minerais como o fosfato (com aplicação na indústria de fertilizantes), na produção de tecidos para a indústria têxtil (o algodão peruano é considerado o melhor do mundo), na geração de energia (petróleo e gás natural), além de grande produtor de cimento (que poderá eventualmente baratear o custo da construção civil em Rondônia).
O presidente Denis Baú - um dos apoiadores e incentivadores da parceria Brasil e Peru - afirmou que, “a Expo Peru Amazônia 2012 representou o início de uma ampla e inédita parceria entre rondonienses e peruanos, que deverá resultar na geração de futuros negócios nos mais diversos setores econômicos, criando novos empregos e beneficiando toda a economia de Rondônia”.
Baú ressaltou ainda que “o Peru é um país extremamente organizado e que mantém comércio com nações do mundo todo, nós rondonienses temos muito a ganhar, em especial com a rodovia Interoceânica, que representa nossa ligação direta não somente com o mercado andino, mas também com os portos do Oceano Pacífico e os mercados asiáticos”.
Segundo balanço do evento divulgado semana passada pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Social (Sedes), em 2011, o intercâmbio comercial entre o Peru e o Brasil foi de US$ 3,580 bilhões, o que representou um crescimento de 18,4%. As exportações peruanas foram de US$ 1,268 bilhão, o que significou um crescimento de 33,5% em relação a 2010. Entre janeiro e junho de 2012, as exportações do Peru para o Brasil chegaram a US$ 548 milhões.
Os principais produtos exportados foram: fosfato de cálcio (US$ 43 milhões, que representam um crescimento de 130,5%), azeitonas em conserva (US$ 10 milhões - 27,6%), película de polipropileno (US$ 6 milhões - 114%), camisas de algodão sem estampa (US$ 5 milhões - 29,7%) e camisas de algodão listradas (US$ 4 milhões – 54,4%). Por outro lado, a importação mais promissora de produtos peruanos no Brasil são as camisas de algodão masculinas (US$ 93 milhões), camisetas femininas (US$ 73 milhões), calças de algodão femininas (US$ 57 milhões), peixe congelado (US$ 52 milhões) e uvas in natura (US$ 51 milhões).