Ex-ministro Mangabeira Unger conduz palestra para o setor produtivo de Rondônia
Foto: Divulgação
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Na tarde desta terça-feira (18) a Secretaria de Estado da Casa Civil promoveu uma palestra sobre “Sustentabilidade Econômica e Social em Rondônia”. Mais de 40 organizações - entre instituições do setor produtivo e entidades de classe - compareceram ao evento, que aconteceu no auditório do Palácio Presidente Vargas, em Porto Velho.
Quem conduziu a atividade foi o professor da Universidade de Harvard e ex-ministro de Assuntos Estratégicos do governo Lula, Roberto Mangabeira Unger. Na oportunidade, ele apresentou o Plano Rondônia de Desenvolvimento, além de ouvir as dúvidas e sugestões para aprimorar o projeto.
Em suas primeiras palavras Mangabeira Unger apresentou um desafio para os presentes. “O Brasil tem como tarefa a construção de um novo modelo de desenvolvimento, ou seja, o surgimento de outras alternativas econômicas e de educação. Rondônia foi construída por uma colonização federal e por pequenos e médios produtores, e, deve buscar isto também”, disse ele.
O professor expôs as possíveis alternativas econômicas e sociais para o estado. “Temos que implantar o extrativismo tecnológico, com ênfase nos produtos da floresta, sem destruir a mata. A pecuária deve ser associada a lavouras com produção eficiente, e, devemos agregar mais valor aos produtos do campo, por meio da agroindústria. Um dos exemplos é a produção de laticínios. Outro ponto importante é a reconstrução da escola média brasileira, de maneira qualitativa e quantitativa, com ênfase na junção do ensino normal e técnico”, destacou Mangabeira Unger.
O ex-ministro também apontou os possíveis resultados que podem ser obtidos com as novas ações. “Poderíamos triplicar o nosso PIB (Produto Interno Bruto) com os ganhos no campo, e, o mais importante, sem derrubar uma árvore, e assim, ultrapassar vários países, inclusive os Estados Unidos, onde competimos lado a lado”, afirmou Unger.
Mas, para isso, devem ser feitas algumas mudanças em áreas problemáticas, principalmente no que diz respeito aos transportes. “Devemos recuperar as florestas e pastagens degradadas, além de instituirmos um novo eixo multimodal de transportes, utilizando a parte terrestre, hidroviária e ferroviária”, apontou Mangabeira Unger.
Para finalizar a apresentação o professor de Harvard abriu a oportunidade para os presentes apresentarem sugestões ao projeto: “As palavras do professor Mangabeira Unger foram corretas. Há 100 anos, os ingleses utilizaram a hidrovia do Madeira para construir Porto Velho. Por que não continuar com isto? Também poderíamos fortalecer a indústria naval, a exemplo de Manaus e Rio de Janeiro, com seus estaleiros. Fico satisfeito com esta oportunidade de debater com os parceiros as possíveis alternativas do estado”, disse Denis Baú, presidente da Federação das Indústrias de Rondônia (Fiero).
Além da Fiero, participaram do evento representantes das seguintes instituições: CDL, Faperon, Emater, Embrapa, Simpi, Banco do Brasil, Basa, Caixa Econômica, Sempla, Facer, Seagri, Ceplac, 17ª Brigada de Infantaria de Selva, Tribunal de Contas do Estado, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Tribunal de Justiça, Assembleia Legislativa, Associação Comercial de Porto Velho, Fecomércio, FCDL, Sebrae, Soph, Ministério Público Estadual, CGE, PGE, Polícia Civil, Caerd, IPEM, Iperon, Jucer, DER, Supel, SEAS, SEAD, Sesau, Idaron, Deosp, Senar, Sefin e Seplan.
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