A maioria dos estados com o risco muito alto de epidemia é das regiões Norte e Nordeste. Entraram na lista os estados do Acre, Pará, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, de Mato Grosso, do Tocantins e de Alagoas.
Em setembro, quando o governo federal lançou a campanha de combate à dengue para o verão, eram dez estados na lista (Amazonas, Amapá, Maranhão, Piauí, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Bahia e Rio de Janeiro), que permaneceram no novo mapeamento, com exceção do Amapá, que passou para outra categoria.
De acordo com o levantamento, cinco estados estão com risco alto de proliferação da doença: Roraima, Amapá, Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. Antes, eram nove estados nesse nível.
No total, 70 municípios estão com risco de surto, sendo duas capitais, Rio Branco e Porto Velho. E 154 cidades estão em estado de alerta, incluindo 14 capitais.
O novo mapa leva em consideração a incidência de casos, a infestação do mosquito transmissor Aedes aegypti, o sorotipo em circulação, o acesso à rede de água e coleta de esgoto e a densidade populacional.
Em 2010, foram registradas 550 mortes e 1 milhão de casos de dengue no país, sendo 15,5 mil considerados graves (dengue hemorrágica ou que exigiram internação do paciente).
O ministério justifica o número alto por causa da volta do vírus tipo 1 da doença, que não circulava no país desde a década de 90 e atingiu contingente de pessoas sem imunidade ao sorotipo, principalmente em São Paulo e em Minas Gerais, e altos índices de infestação do mosquito transmissor, presente em mais de 4 mil municípios.