Cooperativa dos Garimpeiros do Rio Madeira é a mais representativa da classe
Para tratar assuntos relacionados ao Programa de Acompanhamento dos Direitos Minerários e da Atividade Garimpeira, representantes da Usina Hidrelétrica Jirau estiveram na Cooperativa dos Garimpeiros do Rio Madeira (Coogarima), no último sábado (10). A reunião surgiu pela necessidade dos proprietários de dragas em obter esclarecimentos acerca de suas atividades, e a continuidade das mesmas após o enchimento do futuro reservatório.
A Coogarima é a instituição mais representativa do garimpo de ouro exercido no leito do rio Madeira, na área de influência da Usina Jirau. O geólogo Leandro Matheus Pieroni, da CNEC Engenharia, empresa contratada pela Energia Sustentável do Brasil – concessionária de Jirau, para desenvolver o programa, iniciou a apresentação com uma abordagem histórica sobre as atividades garimpeiras na região de Porto Velho, juntamente com a analista Fernanda Benincasa.
A primeira reunião com líderes da Coogarima aconteceu no dia 26 de março, no escritório da Energia Sustentável. “A relação é de parceria. Esclarecemos ainda a existência de um Plano de Mitigação para as atividades garimpeiras, o qual está em processo de finalização. Após aprovado o plano pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), serão apresentados aos interferidos as intenções do empreendedor quanto à manutenção das atividades no leito do rio, desde que regularizadas”, destacou o geólogo Leandro Matheus Pieroni.
Outros pontos em debate na ocasião foram as premissas de trabalho previstas na Licença de Instalação (LI), Projeto Básico Ambiental (PBA) e posicionamento do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), todas apontando, de forma otimista, para a continuidade dos trabalhos e a permanência do garimpo no rio Madeira.
O vice-presidente da Coogarima, José Airton Aguiar de Castro, afirmou que a maioria dos proprietários ficou contente com as boas notícias. “Tínhamos muito receio de que nosso trabalho pudesse ser prejudicado com a construção da Usina. Hoje passamos a conhecer melhor as mudanças que ocorrerão, assim como suas questões legais de forma clara. Acredito que todos saíram daqui mais tranquilos e otimistas”, ressaltou Castro.