Uma reunião realizada no Ministério Público de Rondônia na manhã de quarta-feira (20), entre integrantes do Sindicato dos Jornalistas de Rondônia e o promotor de justiça Alexandre Jésus de Queiroz Santiago, diretor da Coordenadoria de Crimes Cibernéticos do Ministério Público de Rondônia marcou o início de conversações entre a imprensa e o MPE.
Convidado a participar, o Rondoniaovivo.com enviou seu diretor e jornalista Paulo Andreoli. Em discussão, a publicação de imagens fortes, tipo cadáveres e acidentados.
A recomendação do MPE é considerada por muitos colegas como uma tentativa de censura e o Rondoniaovivo não podia se furtar a esta discussão.
A direção do Jornal Eletrônico que mais cresceu nos últimos anos e detém boa parte da fatia de leitores na internet rondoniense acredita que nada obsta se restringir a exibição destas imagens em primeira página. O próprio veículo já havia recebido comentários de leitores, opinando pela não exibição em "capa" deste tipo de conteúdo.
Nós do Rondoniaovivo não temos motivos para acreditar que a motivação do MP tenha sido a alegada, de lque leitores de Webjornais que tenham se chocado com imagens “sanguinolentas”.
Porém causa estranheza, que mesmo embasada em lei reguladora de rádio e Tv, concessões públicas, nenhum representante destes veículos não tenham sido chamados.
E olha que nas Tvs locais, nos programas policiais, o esculacho está rolando solto.
Começa na utilização de pessoas sem registro profissional, passando por verdadeiro teatro dantesco na cena do crime, com até três repórteres de emissoras distintas, vestindo ternos baratos e narrando a tragédia, como se faz na beira de um campo de futebol.
Com todos disputando a mesma faixa horária, na hora do almoço, as pessoas em casa têm a oportunidade de assistir as mesmas imagens “fortes e de alto impacto” enquanto se alimentam. Sem falar na chacota, que nada possui de jornalismo na apresentação de alguns noticiários deste tipo. “A carrocinha levou três cachorros de uma vez...” Isto é Jornalismo, senhores promotores?
Segundo o promotor, os representantes das Tvs não estavam lá porque não era de sua competência, setor de crimes cibernéticos, leia-se Internet.
Acreditamos que houve uma falha de interpretação e o promotor Alexandre deve chamar, com urgência, os representantes de programas policiais televisivos para buscar um entendimento e não ficar parecendo que foi “coisa mandada” para os Jornais Eletrônicos.
Sim, porque todas as emissoras que possuem este tipo de programa, no gênero policial, exibem seu conteúdo na internet. Você sabia, senhor promotor Alexandre que pode assistir o programa Plantão de Polícia no site da RedeTv. O Comando Policial do SBT também está na net e o policial da Record News no site da TV Candelária?
Também esperamos que a “censura” deixe o setor de comunicação do MPE, que não envia “releases” sobre investigações e ações de improbidade contra integrantes da administração municipal de Porto Velho. E olha que não falta ação desta natureza. Só secretários e prefeitos do interior sentem o peso da caneta do MPE. Na capital está tudo certo...
O Rondoniaovivo, por investigação própria já publicou algumas destas ações, mas nunca por envio do MPE, que se cala frente os desmandos da administração da capital.
A ultima censurada foi a ação de improbidade contra Jair Ramires e familiares que fizeram um contrato para venda de 3 milhões de reais de grama de sua fazenda para a PMPV. Mas teve também ação sobre carro roubado da Semed, teve ação de improbidade por uso de prédio público em campanha política e assim por diante.
O MPE pode enviar para a redação do Rondoniaovivo a relação de processos abertos contra a prefeitura de Porto Velho? Podem entregar o TAC – Termo de Ajuste de Conduta do município com o MPE sobre a publicidade municipal? Ou está tudo censurado?
Somos abertos ao diálogo, respeitamos os órgãos constituídos, mas não somos moleques que não enxergam que algo de estranho se esconde atrás do blindex azul do imponente prédio do MPE na capital. Estamos aguardando o TAC da Publicidade Municipal...
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