O Projeto Carbono Surui é o resultado de 10 anos de trabalho da Associação Metareilá do Povo Indígena Surui em parceira com a Kanindé - Associação de Defesa Etnoambiental.
Os passos até se chegar no projeto foram:
1998 - Realizado o Programa Payterei onde se discutiu as necessidades e as prioridades a serem tratadas na terra indígena Sete de Setembro.
1999/2000 - A Kanindé com a Metareilá realizam o diagnóstico agroambiental da terra indígena com o apoio do Ministério do Meio Ambiente e Amigos da Terra da Suécia;
2001 - A Kanindé e Metareilá realizam o Plano de Gestão de 50 anos, para o desenvolvimento sustentável na terra indígena Sete de Setembro.
2002 - São realizadas diversas reuniões para planejamento das ações e a busca de outras instituições que estivessem interessada em apoiar a implantação do Plano de Gestão.
2003 - Inicia o reflorestamento nas áreas onde o diagnóstico apontava com desmatadas. Para esta atividade a Kanindé conseguiu o apoio da USAID e a Metareila conseguiu o apoio da Aquaverde.
2004 - Já haviam sido plantadas mais de 40 mil mudas de árvores de 17 espécies nativas.
2005/2006 - É realizado o mapeamento cultural numa parceiria Metareilá, Kanindé, ACT Brasil, com o apoio da USAID.
2007 - O reflorestamento prossegue e em viagem a São Francisco o Presidente da Metareilá Chefe indígena Almir Surui faz contato com a Google e inicia os primeiros contatos para que a gigante da informática pudesse colaborar na proteção da terra indígena.
2007 - O chefe indígena Almir Surui entra em contato com a ONG americana Forest Trends e incia as primeiras conversas para apoio ao REDD dos Surui.
2008 - Se juntam a Metareilá e a Kanindé, as seguintes organizações todos voltadas para apoiar o desenvolvimento do Programa Carbono Surui - Forest Trends, USAID, Google, ACT Brasil, IDESAM, Katoomba.
Durante o ano vários estudos são feitos, vários seminários para esclarecimento sobre o que é REDD e mudanças climáticas e inicia o desenvolvimento do PDD - Project Design Document e se finalizam vários estudos. Também no mesmo período os indígenas elaboram o documento com o Consentimento Prévio Informado.
2009 - É todo dedicado a construção do PDD, de várias reuniões para esclarecimentos e acertos e finalização dos estudos.
Neste período se discuti o Fundo de Gestão, e é convidado o FUNBIO para integrar o grupo e elaborar e administrar o Fundo de Gestão do Carbono.
No dia 12 de dezembro é lançado na Conferencia do Clima - COP 15 em Copenhaguem o Projeto Carbono Surui, que agregar ao carbono toda a questão cultural, e traz ainda a preocupação com os municipio de entorno, já que a proposta do povo Surui é alem de manter a floresta em pé, gerar renda e emprego para os indígenas e os "branco" ou seja, os não indígenas que vivem nos municípios de entorno da terra indígena.
Esta proposta é bem interessante, pois eles se propõe a junto com fazendeiros, colonos, pequenos trabalhadores rurais a reflorestar as áreas desmatadas.
Assim, além de gerar emprego, os fazendeiros e colonos terão a oportunidade de cumprir o que diz o Código Florestal que é a recomposição da reserva legal e APPs.
Com o lançamento do Projeto Carbono Surui, agora o que se esperar é que os investidores façam contato, para que os Paiter (Surui de Rondônia) possam ver aqueles que além de comprar o carbono tenham real compromisso com o equilibrio do clima.
O projeto ganhou o prêmio Maya Lin em Copenhaguem no dia 16 de dezembro, numa cerimônia lindissima, e que dar orgulho ao povo rondoniense de esta tão bem representada pelo indígena Almir Surui que é de Cacoal.