Os Estados do Acre e Rondônia passaram a fazer parte do Sistema Interligado Nacional (SIN) na última sexta-feira, marcando a primeira interligação com o sistema isolado no país e reduzindo a emissão de CO2 na região com o desligamento de térmicas.
Segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), no primeiro dia útil após a interligação, os dois Estados receberam 156 megawatts médios de energia provenientes do subsistema Sudeste. O consumo total dos dois Estados é de 442 megawatts médios diários, informou o ONS.
Apesar de não atender a totalidade da demanda dos Estados, a energia atinge as capitais e principais municípios, explicou o operador.
A integração foi possível pela entrada em operação de dois circuitos da linha de transmissão Jauru-Vilhena, com 354 quilômetros de extensão, completando o trecho de Jauru a Rio Branco, passando por Porto Velho, e totalizando uma linha de 947 quilômetros.
"Nos próximos dias, os recebimentos poderão atingir valores superiores a 200 MW, aproximando-se dos valores limites estabelecidos para essa interligação, proporcionando uma economia mensal com combustível de aproximadamente 100 milhões de reais", informou o ONS.
Até 2012, o ONS prevê a interligação Tucuruí-Manaus-Macapá e o sistema de escoamento da geração das usinas de Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, quase eliminando o isolamento energético de alguns pontos do Norte do país.
Atualmente, apenas o Amapá, Roraima e algumas áreas na Amazônia fazem parte do sistema isolado, cujo abastecimento é garantido por usinas térmicas, a maioria a diesel ou óleo combustível.