A luta pela transferência de local para construção da ponte sobre o rio Madeira deve sair da jurisdição de Rondônia e virar debate nos órgãos federais em Brasília. Principalmente depois do comportamento de algumas autoridades e políticos na audiência pública realizada na Assembléia Legislativa na semana passada, quando a população foi ignorada, sem direito a manifestação.
A nova tomada de posição dos moradores dos bairros Balsa, São Sebastião I e II, e Nacional, que estão unidos no propósito de evitar que se estrangule ainda mais o trânsito nas avenidas Jorge Teixeira e Migrantes, foi definida durante audiência pública realizada na Câmara Municipal de Porto Velho, na quinta-feira, dia 8, quando o vereador Jaime Gazola (PV) reafirmou sua posição em favor da luta dos moradores e propôs a formação de uma comissão de moradores e representantes do Poder Legislativo Municipal para ir a Brasília debater o assunto no Ministério dos Transportes.
Infelizmente, segundo Jaime Gazola, depois da demonstração de empáfia e da falta de compromisso das autoridades ligadas ao setor e dos representantes da bancada federal (exceção concedida ao deputado federal Mauro Nazif, que foi o único parlamentar federal presente a audiência pública na Câmara Municipal), não quererem ouvir os reclames da população, não resta outra alternativa senão tentar resolver o problema a partir de Brasília. “É muito falta de sensibilidade do pessoal do Dnit, de alguns membros da bancada federal e de autoridades que deveriam intervir no debate. Já temos um trânsito bastante problemático, para deixarmos construir a ponte no atual ponto de travessia da balsa e eternizar uma rodovia federal na área mais central de Porto Velho. É inconcebível”, protestou Jaime Gazola.
De acordo com Jaime, o trânsito de Porto Velho já esta caótico e a partir do momento que for instalada a ponte no centro da capital, transformando a cidade em um corredor de acesso do Amazonas com o resto do país, a situação ficará insuportável. “Hoje cerca de 800 carretas passam diariamente nas Avenidas dos Imigrantes e Jorge Teixeira, apenas poluindo e provocando acidentes graves. Não podemos aceitar a construção neste local, temos que proteger os moradores e não colocá-los em risco”, reiterou o vereador.
O vereador é a favor da construção da ponte em um novo local, e para tanto conclamou os moradores dos bairros afetados, maiores interessados na questão e os demais vereadores da casa, para juntos irem a Brasília tentar resolver esse impasse no Ministério dos Transportes. “Será de extrema importância a construção da ponte, mas o projeto precisa ser reavaliado. As alegações dos moradores dos bairros mais próximos da rodovia e, de resto de toda a Capital, precisam ser consideradas”, disse Jaime.