O Brasil é um país movido a apelos demagógicos. Nesse sentido, a criatividade petista chega às raias do paroxismo mais vulgar.
A mais recente dessas inutilidades, que vão do nada a lugar nenhum, refere-se à campanha publicitária a favor das hidrelétricas do rio Madeira.
Até hoje, porém, a maioria dos contribuintes portovelhenses não sabe quem patrocinou a confecção e distribuição de centenas de banners, com a frase “sou pro-usinas”. Há outras baboseiras do tipo: “sou rondoniense e exijo respeito”. E por aí vai.
Na época, o jornal eletrônico RONDONIAOVIVO chegou a colocar o dedo na ferida, sugerindo que a dinheirama teria saído do caixa municipal, mas ficou o dito pelo não dito.
Para deleite do petismo, as usinas estão aí, mas a população da capital e dos distritos de Jaci e Mutum Paraná vem sentindo na pele o ônus da irresponsabilidade de um governo sem planejamento, que funciona à base de espasmos administrativos.
Vivendo a síndrome do caos, os moradores de Jaci Paraná estão entregues à desdita de sua própria sorte. Para se conseguir uma consulta no único posto de saúde, é preciso ter a paciência de um monge tibetano. Não há vagas nas escolas e a prostituição infantil está nas esquinas e nos “inferninhos” que se espalham pelos quatro cantos.
As mortes, motivadas pelo excesso de bebida alcoólica, sobretudo nos feriados e finais de semana, estão na ordem do dia.
Há pouco, a Câmara Municipal de Porto velho realizou uma audiência pública para discutir a aplicação e fiscalização dos recursos oriundos das compensações sociais, ou seja, aquilo que os consórcios responsáveis pelas obras das hidrelétricas se comprometeram a fazer em termos de infra-estrutura, tanto na capital quanto no distrito de Jaci. Ao usar da palavra, um líder comunitário do local desceu o relho no lombo da administração Sobrinho.
Os reflexos dessa pantomima se fazem sentir, com mais intensidade, na área da saúde, com os hospitais e postos de saúde e as policlínicas da rede pública em frangalhos, e no sistema viário, com os constantes e graves acidentes de trânsito.
Quer dizer, o petismo incentivou, apoiou e berrou a plenos pulmões que era a favor das usinas, mas negligenciou serviços essenciais. Incompetente, esqueceu de preparar a cidade para atender a crescente e previsível demanda social.
Agora, fica chorando pelos cantos, feito moleque birrento, procurando chifres em cabeça de cavalo, tentando justificar o injustificável, como se a sociedade fosse um bando de imbecis capaz de acreditar em contos de fada.
Sob o impacto da nefasta administração petista, os problemas sociais vão-se alargando cada vez mais em extensão e profundidade, sem que os ditos “doutores e sábios do PT” consigam, pelo menos, amenizar o sofrimento da população, que já não mais sabe a quem recorrer.