Cremero denuncia: hospital público está passando medicamento chinês e sem registro para a população

Cremero denuncia: hospital público está passando medicamento chinês e sem registro para a população

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Foto: Divulgação

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O hospital público de Guajará-Mirim está utilizando medicamentos provenientes da China, sem nenhum controle por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e colocando em risco a saúde da população. A denúncia é do Conselho Regional de Medicina de Rondônia (Cremero), depois de fiscalizar o funcionamento do hospital na semana passada e recolher amostras dos medicamentos para serem encaminhados a Vigilância Sanitária e ao Ministério Público, com os devidos pedidos de providências.

 

De acordo com o conselheiro federal do Cremero, Hiran da Silva Gallo, que também é diretor-tesoureiro do Conselho Federal de Medicina, a constatação de que a saúde pública de Guajará-Mirim está utilizando medicamentos da China para medicar a população é um escândalo e precisa ser apurada com rigor pelas autoridades competentes. Entre outras irregularidades, o conselheiro aponta a suspeita de pirataria que recaem sobre a maioria dos produtos que se dizem da China e a falta de informação sobre a autorização da Anvisa para utilização desses remédios.

 

Hiran Gallo alerta que caso não se comprove os procedimentos legais para liberação desse remédio, a população está correndo sério risco. “Caso algum paciente venha a ter complicações por conta do uso desses remédios, os gestores públicos deverão ser responsabilizados e penalizados”, apontou o diretor do CFM, levantando suspeita quanto aos procedimentos para aquisição desses medicamentos.

 

Durante audiência na última segunda-feira, 20, no Ministério Público, a presidente do Cremero, médica Inês Motta, e o conselheiro Hiran Gallo solicitaram providências investigatórias para apurar a procedência do remédio e a modalidade de licitação que a Prefeitura do Município e a Secretaria Municipal de Saúde estão adotando para aquisição do produto.

 

Nos relatórios produzidos pela fiscalização do Cremero constam ainda várias outras irregularidades, como a contratação de médicos sem registro no CRM, insuficiência no atendimento ao público e falta de pagamento aos profissionais da saúde.

 

Nesta quarta-feira, a presidente do Cremero, Inês Motta, e o diretor do CFM, Hiran Gallo, voltaram a se reunir no Ministério Público, onde foram recebidos pelo procurador-geral de Justiça, Ivanildo Oliveira. Também participaram da reunião o secretário estadual de Saúde, Milton Moreira, o prefeito de Guajará-Mirim, Atalíbio Pegorini, e o Secretário Municipal de Saúde, Clezio Lobato.

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