Jornalista abre “Caixa Preta” e contará a história da imprensa rondoniense em livro - Fotos

Jornalista abre “Caixa Preta” e contará a história da imprensa rondoniense em livro - Fotos

Jornalista abre “Caixa Preta” e contará a história da imprensa rondoniense em livro - Fotos

Foto: Divulgação

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No centro o saudoso jornalista Ivan Marrocos, ao lado (a partir da direita) de Ciro Pinheiro e Lúcio Albuquerque.

A imprensa de Rondônia, pela primeira vez, terá sua história contada, com detalhes, em um livro. Com coisas que pouca gente conhece. Lúcio Albuquerque resolveu lançar “Da Caixa Francesa a Internet”, que sai nos 100 anos da imprensa de Rondônia, depois de muita pesquisa, depoimentos, de muita conversa com gente como Euro Tourinho, João Tavares, Nelson Townes, Yeda Borzacov, Antônio Queiroz e com muitos outros que nem estão mais entre os viventes, como Vinicius Danin, Ivan Marrocos, Vitor Hugo, Paulinho Correia, Dionísio Xavier e Esron Menezes, entre tantos que deixaram saudade.
 
A maioria das pessoas não sabe o que foi a “caixa francesa”, que ele colocou no título do livro. A “caixa francesa” que era chamada, também, galé ou componidor, é o início de tudo, aqui. Era uma caixa de madeira ou metálica usada pelos tipógrafos (o caixista), para arrumação dos tipos manuais (as letras), na composição dos textos, das matérias dos redatores do jornal.
 
O livro do Lúcio, que terá, também, muitas fotos históricas, será uma viagem no tempo, quando nós, da imprensa, convivíamos, diariamente, com palavras que já não se usam, como “catatau” (volume exagerado de matérias), “cícero” (medida tipográfica), “caixa alta” (maiúsculas), “bater prova”, “barrigada”, “clichê” (reprodução de fotografias em chapa metálica), “compositor” (o tipógrafo que podia não entender nada de letra de música, mas cuidava, bem, da composição dos textos), “bigode” (linha que servia para enfeitar, na diagramação). “Empastelar” era misturar os tipos (no governo militar falavam muito em empastelamento de jornais). Era quando as letras eram misturadas e o jornal não podia ser feito. “Letras garrafais” (grandes), “prelo” e outras, algumas ainda usadas pelos mais velhos, como o diretor Euro Tourinho, que não perdeu o costume de falar clichê (fotos), garrafais e outras palavras já em desuso. 
 
Lúcio, bom pesquisador, está com seu livro quase pronto. Com certeza será de grande utilidade, muito especialmente estudantes e para todos nós que fazemos a Imprensa de Rondônia. A maioria não sabe nada sobre  origens, o começo da nossa Imprensa. Ele quer organizar uma semana comemorativa dos 100 anos da imprensa de Rondônia, no começo julho, culminando com o lançamento do livro.

Jornalista Lúcio Albuquerque.

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