Expedito Júnior denuncia favorecimento de edital para beneficiar Furnas
Foto: Divulgação
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O senador Expedito Júnior (PR/RO) alertou ontem o Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, em pronunciamento no Plenário do Senado, sobre denúncia que recebeu acerca de um suposto favorecimento no edital de licitações para a construção da linha de transmissão da energia das hidrelétricas do Rio Madeira, em Rondônia, pela a qual seria favorecida a escolha da transmissão em corrente contínua. Segundo a denúncia recebida, cuja fonte o senador optou por preservar, as suspeitas estariam ligadas ao fato de o corpo funcional da Empresa de Pesquisa Energética ser, em grande parte, oriundo de Furnas, que é a única empresa que teria condições de vencer a concorrência com a tecnologia da corrente contínua.
A sucessão de fatos ocorridos após receber a denúncia, terminando com a publicação de resolução do Governo Federal, no dia 3 de julho passado, determinando que o “linhão” seja construído diretamente de Porto Velho (RO) até Araraquara (SP), sem subestações que possam abastecer as regiões cortadas pelo “linhão” de transmissão, trouxe credibilidade para o denunciante, o que levou o senador a tratar do assunto da tribuna do Senado Federal.
O parlamentar afirmou que, pelo texto da resolução, se descarta a possibilidade o uso da corrente alternada entre as alternativas de transmissão da energia gerada. “Rondônia não aceitará que o governo leve essa energia para o Sudeste sem que o Estado seja beneficiado”, afirmou Expedito Júnior. O senador citou que, além de Rondônia, Mato Grosso também quer o sistema de transmissão conhecido por corrente alternada, que permite seu seccionamento ao longo da linha de transmissão.
Segundo o senador, o Conselho Nacional de Desestatização optou apenas pela transmissão em corrente contínua e pela alternativa híbrida (corrente contínua e em corrente alternada). “As duas alternativas do edital pressupõem o emprego da tecnologia de transmissão em corrente contínua, que não é dominada pela indústria nacional e que pouquíssimas empresas brasileiras, se não unicamente Furnas, apresentariam condições de sucesso no subseqüente processo de licitação”, destacou Expedito Júnior.
Expedito Júnior informou ainda ter recebido documento do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado (Crea-RO), onde são expostas as razões que tornam a opção pela transmissão em corrente alternada a única que atende às necessidades dos Estados amazônicos, além de beneficiar o todo o País.
O senador pediu ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que apure a veracidade da informação recebida.
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