Documento divulgado pela ONU aponta que Brasil tem 860 mil usuários de cocaína

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Foto: Divulgação

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O Brasil tem cerca de 860 mil usuários de cocaína, estima um documento da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado nesta terça-feira. Segundo o relatório anual do Escritório das Nações Unidas para Drogas e Crimes (UNODC), 0,7% da população brasileira entre 15 e 64 anos utilizava cocaína em 2005. A estatística representaria um aumento de 75% em relação ao número de quatro anos antes, mas o UNODC esclareceu que o aumento se deveu a uma mudança na metodologia do cálculo. No mundo, 14 milhões de pessoas consomem cocaína, disse o estudo. Um aumento no número de usuários no Brasil desafiaria os esforços de combate ao abuso de cocaína no país, onde as apreensões vêm crescendo ano a ano. O relatório da ONU afirma que em 2005 o Brasil apreendeu 16 toneladas de cocaína - cerca de 6% a mais que no ano anterior, de acordo com os números da Polícia Federal. É pouco se comparado ao total apreendido na Colômbia (217 t), o principal produtor mundial, ou nos Estados Unidos (175 t), o principal consumidor mundial, e mesmo em relação ao que se apreende em países vizinhos da Colômbia, como Equador (43 t) e Venezuela (59 t). Mas a ONU destacou que o Brasil está entre os países mais citados como via de tráfico de cocaína para o oeste da África e a Europa. Autoridades da Guiné estimam, por exemplo, que 60% de sua cocaína provêm do Brasil. O diretor-executivo do UNODC, Antônio Maria da Costa, procurou ressaltar o lado positivo dos esforços para combater o uso de drogas no mundo. "Para quase todo tipo de droga ilícita - cocaína, heroína, cannabis e estimulantes como anfetaminas - há sinais de estabilidade, seja em termos de cultivo, produção ou abuso", disse ele, em comunicado que acompanha o relatório. Entretanto, o documento afirmou que o tráfico de cocaína se transformou "em um problema global". Apreensões já são realizadas em 80% dos países do mundo, sugerindo que o consumo se alastrou por todo o planeta. Além disso, o estudo confirmou outros, feitos anteriormente, que demonstraram que a produção de droga permaneceu alta apesar da diminuição da área cultivada. Segundo o relatório anual do UNODC, a área de cultivo da folha de coca nos países andinos caiu 29% entre 2000 e 2006, para 157 mil hectares. Entretanto, o potencial de produção de cocaína da região aumentou. Apenas para a Colômbia, o potencial foi estimado em 650 toneladas. Em março deste ano, a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes (Jife), da ONU, estimou que a produção mundial de cocaína poderia alcançar 800 ou até mil toneladas. Apenas um quarto disto é apreendido, disse nesta terça-feira o UNODC. Outro problema destacado pela ONU em relação às drogas foi o crime organizado. Para a entidade, o combate às gangues que traficam cocaína tem dado mais frutos do que a repressão ao tráfico de ópio, extraído da papoula, matéria-prima da heroína. No Afeganistão, que fornece a papoula para 92% da heroína produzida no mundo, a produção de ópio cresceu 50% em 2006, elevando a produção mundial de heroína para um recorde de 606 toneladas, disse o UNODC. "Os dois exemplos destacam dois extremos de um espectro: de um lado, grupos altamente organizados atuando no envio de milhões de dólares de cocaína da Colômbia para os Estados Unidos; de outro, muitos atores desorganizados que, respondendo a incentivos de mercado, levam a heroína do Afeganistão para a Rússia", descreveu o UNODC. "Entretanto, não se pode dizer que as duas regiões estão convergindo: o tráfico de cocaína tem se tornado menos organizado desde os tempos dos cartéis de Cali e Medelin, enquanto o comércio de heroína no Afeganistão cresce e se torna mais organizado."
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