Desde que começou a ser estipulada sobre a possibilidade da invasão de duas fortes ondas de frio sobre o Brasil no final do mês de maio, muitos institutos e centros de pesquisas locais se mantiveram calados, mediante ao grande ajuste dos modelos de previsão numérica, método esse em que os mesmos se baseiam para divulgar os boletins meteorológicos na imprensa em geral. A cada rodada de atualização, esses modelos mudam completamente os prognósticos de como se comportará o tempo na próxima semana. Apenas um dado está confirmado: Vem muito frio por ai!
Climatologicamente dizendo falta um mês ainda para começar o inverno astronômico no Brasil e maio ainda é marcado pelas chuvas em Rondônia. As duas teses deixam claramente agora quão importante será o frio da próxima semana. Pelos dados numéricos apresentados podemos sustentar a idéia de que essa onda de frio agora ao final do mês de maio possui condições favoráveis à quebra de recordes, não só de frio, mas também de duração do fenômeno e expansão territorial que a onda de frio irá atingir. Nessas medições, a onda de frio poderá quebrar sim recordes das últimas décadas em algumas regiões do Brasil.
Uma das empresas mais renomadas no assunto frio, a
MetSul Meteorologia de Porto Alegre-RS, acredita que as regiões mais propicias em ganhar destaque na imprensa semana que vem são: o norte da Argentina, oeste da Região Sul do Brasil e a Região Centro-Oeste.
“A natureza continental desta invasão fria e o ar muito seco que se espera acompanhe o ar polar favorecerão mínimas excepcionalmente baixas e geada forte para esta época do ano nestas áreas com risco de perdas na agricultura.” - Disse o presidente-diretor da mesma, professor Eugenio Hackbart.
Como foram indicados dias atrás, os modelos numéricos estão sofrendo sucessivos ajustes tanto na intensidade, quanto na posição em que a onda de frio irá atingir. Em alguns casos, os modelos pecaram ao informar uma temperatura surreal de até
-6°C (seis graus abaixo de zero) para Curitiba-PR e 2°C (dois graus positivos) para Vilhena-RO. Essa informação até chegou a ser veiculada em alguns veículos de comunicação do Brasil criando pânico na população em geral e de certa forma fazendo sensacionalismo da magnitude de uma forte onda polar, mas creditada como um frio Siberiano.
Nossos contatos permanentes com os mais diversos centros de pesquisas não só do Brasil, como da Argentina, Estados Unidos e paises da Europa, leva justamente esse intuito ao informar a população em geral a verdade e os limites onde cada dado, cada gráfico e imagem possam repercutir diante e de acordo com o entender da população. Mesmo que sendo leigos e fielmente ligados ao assunto tempo, não podemos deixar passar branco e só no ato em que o fenômeno for ocorrer, os centros de pesquisas locais virem se manifestar através de algumas agências eletrônicas de noticias de Rondônia, ditar aquilo que já não resta mais tempo e nem interesse em saber. Como já faz parte do vocábulo de alguns comunicadores e da própria população de Rondônia, em assunto sobre tempo e clima, sempre, todos são pegos de surpresa. Como na semana passada, alguns tiveram a audácia em dizer que o frio “veio de surpresa”, “não estava previsto”, “pegou todo mundo desprevenido”.
Conforme os dias vão passando, os mesmos modelos vão ajustando seus cálculos a fim de uma informação mais concreta e próxima da realidade. De inicio e tudo o que sabemos até então, é que duas fortes e consecutivas ondas de frio irão atingir Rondônia na próxima semana. Os dados anteriores indicavam a penetração dessa onda já na terça-feira, agora as recentes saídas indicam o ápice do frio entre quinta e sexta-feira. Até domingo, dia 27, uma outra onda de frio pode chegar ao Estado trazendo nova queda de temperatura. Na contagem natural seriam, portanto, o terceiro e quarto fenômeno de friagem ao atingir o sul da Amazônia este ano.
Os mesmos modelos também já apontam para um outro resfriamento antes da segunda quinzena de junho, quando seria dada a partida à quinta friagem em Rondônia.
Nos próximos dias traremos em detalhes as novas avaliações dos modelos e os dados previamente mais confiáveis do que o tempo nos reserva para Rondônia na próxima semana. E a explicação embasada de o porquê tanto frio em 2007, onde até pouco tempo as manchetes assustadoras na imprensa ditavam que este seria o ano mais quente da história. Nem tudo é fato! Tudo se finda em ciclos!
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De olho no tempo – Rondônia