A Polícia Civil registrou três assaltos e furtos ocorridos em Boa Vista em menos de 24 horas. Dois casos ocorreram em agências bancárias e envolveram clientes.
O primeiro registro foi feito pela estudante M.L., que não teve o nome revelado. Ela disse que furtaram de sua residência R$ 500,00 que estavam dentro de um cofre. Os bandidos levaram apenas uma parte da quantia de R$ 6.500 que estava guardada no local. A vítima afirmou na polícia que não tem suspeitos.
O segundo caso foi registrado na tarde de segunda-feira. Paulo Henrique Martins contou que foi vítima de um roubo em frente ao Banco da Amazônia praticado por dois elementos em uma motocicleta 125 preta.
Ele contou que saiu da empresa onde trabalha como motorista para efetuar alguns pagamentos e foi até a agência do Banco do Brasil. A vítima estava com dois cheques. “Eu encontrei duas pessoas conhecidas que também aguardavam na fila e eles trocaram meus cheques por dinheiro vivo. Como a fila estava grande, resolvi ir efetuar os pagamentos no Basa, onde o atendimento demora menos”, disse.
A vítima contou ainda que foi abordada pelos dois homens armados que lhe mandaram entregar o dinheiro. “Eu disse que não tinha dinheiro, mas um deles viu R$ 250,00 que eu tinha no bolso da camisa e mandou o outro atirar em mim. Eu fiquei com medo de ser alvejado, então dei o dinheiro a eles”, disse.
Paulo Henrique disse que após pegarem o dinheiro do bolso deles, um dos motoqueiros pegou o envelope com os R$ 30 mil que estavam dentro de sua camisa. “Eles estavam o tempo todo de capacete. Um era gordo e o outro moreno, mas não deu para reconhecê-los”, afirmou.
A vítima declarou ainda à polícia que não acredita que tenha sido vigiado pelo percurso entre uma agência e outra. “Na hora em que troquei os cheques pelo dinheiro fui muito discreto. Não acho que alguém tenha vigiado”, afirmou.
A terceira vítima do dia foi Clodoaldo Oliveira Queiroz. Ele contou que estava dentro da agência do Banco Real, quando uma quadrilha levou mais de R$ 5 mil que estavam em um envelope com ele. Disse que estava na agência bancária para depositar dinheiro na conta da empresa quando uma pessoa se aproximou querendo trocar de lugar na fila do banco com ele. “Ele seria atendido primeiro que eu, mas afirmou que sua esposa ainda não havia chegado com o dinheiro e perguntou se eu não poderia trocar de lugar. Então aceitei”, afirmou.
A vítima disse que, em seguida, outra pessoa aproximou-se dele perguntando como se fazia para depositar dinheiro. “Eu deixei o pacote com o dinheiro no balcão apenas por um momento e, quando me virei, ele tinha sumido. Eu chamei a segurança do banco e pedi que não deixasse ninguém sair porque eu tinha sido roubado, mas não teve jeito de recuperar o dinheiro”, afirmou.
Segundo a polícia, parte dos assaltos acontece quando as vítimas saem das agências bancárias depois de realizar saques e são seguidas pelos assaltantes.
“O modelo do sistema de atendimento nos bancos compromete a segurança dos clientes, pois o tempo de espera é muito grande. Além disso, na maioria das agências existe apenas um vigilante. Vamos verificar o monitoramento eletrônico dos clientes para ver se conseguimos ao menos recuperar uma parte do dinheiro”, disse um dos agentes do 1º Distrito, que não quis ser identificado.