Amazonas - São Gabriel em estado de alerta

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Foto: Divulgação

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O processo de urbanização indígena no município de São Gabriel da Cachoeira, localizado a noroeste do Estado do Amazonas, resultou no agravo das condições sanitárias daquela região. *Especificamente no Distrito de Iauaretê, que concentra em sua área 2,7 mil habitantes, a situação é alarmante, lançando o risco epidemiológico em níveis altos. Foi o que constataram pesquisadores do Centro de Pesquisas Leônidas e Maria Deane (CPqLMD) - unidade da Fundação Oswaldo Cruz em Manaus - e da Universidade de São Paulo (USP). *O estudo, que teve início em março de 2005 e contou com um financiamento de R$ 80 mil da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) num convênio com a Faculdade de Saúde Pública da USP, tem uma vertente social forte. Tanto que a metodologia adotada foi a "Pesquisa-ação", que, de acordo com alguns estudiosos, é um tipo de pesquisa que envolve pesquisadores e pesquisados em prol do estabelecimento conjugal de soluções para uma problemática. É uma via de mão dupla, pois endossa a ação participativa das comunidades. *"Tratou-se, inicialmente, de um projeto de educação em saúde. No entanto, na metodologia de pesquisa, buscamos adquirir conhecimentos, vivenciar aquela realidade, e juntos montar um diagnóstico da situação com a participação da população local. É isso o que chamamos de pesquisa-ação", ratifica Leadro Giatti, doutor em Saúde Pública pela USP e pesquisador do CPqLMD/Fiocruz. *Giatti conheceu a realidade de Iauaretê em 2003, quando representava o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), atuando como analista ambiental em São Gabriel da Cachoeira. Sensibilizado com a precariedade no abastecimento de água, com a falta de tratamento de resíduos sólidos e com a disposição de dejetos humanos ao ar livre, surgiu a idéia de identificar, cientificamente, os principais problemas de ordem sanitária e socioambiental enfrentados pelas populações indígenas. *O Distrito é formado por dez vilas, agrega 15 etnias distintas e tem como língua predominante o "tukano", além do português falado pela maioria das pessoas. Acredita-se que uma das condicionantes para a mudança no modo de vida tradicional indígena é a própria concentração populacional na área. Sem espaço e com práticas sanitárias incompatíveis com a atual concentração populacional, as populações expandiram de forma desordenada, aumentando a incidência de doenças e contribuindo para o declínio na qualidade de suas vidas. *"Para consolidar a metodologia escolhida, era preciso saber se as comunidades apresentariam alguma resistência à proposta do nosso projeto. Para tanto, foi feita uma primeira visita em fevereiro de 2004, na qual conversamos com as pessoas sobre a proposta. Observada a receptividade, submetemos o projeto ao Conselho Nacional de Ética e Pesquisa e à própria Fundação Nacional do Índio (Funai)", explica Giatti.
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