José Wildes é contra o aumento da tarifa de ônibus e diz que a qualidade do serviço precisa melhorar
*O vereador José Wildes de Brito (PT), se manifestou contra o aumento da tarifa do transporte coletivo em Porto Velho por considerar que a população não foi chamada para discutir a qualidade do serviço prestado pelas empresas. Antes mesmo de iniciar o recesso na Câmara Municipal, José Wildes já havia registrado o seu posicionamento sobre o assunto, deixando bem claro que tudo o que diz respeito à comunidade deve ser amplamente discutido por todos os setores envolvidos.
*No caso específico do transporte coletivo, o vereador considera inoportuno o reajuste de 11%, passando de R$ 1,80 para R$ 2,00, uma vez que os percursos das linhas de ônibus em Porto Velho são relativamente curtos, e que nos últimos anos praticamente não houve investimento das empresas na melhoria da qualidade dos serviços. Ele tomou por base as tarifas cobradas em outras capitais, onde os percursos são mais extensos e as empresas oferecem conforto e pontualidade aos usuários.
*José Wildes destacou que recentemente a Câmara Municipal aprovou a criação do Conselho Municipal de Trânsito, órgão destinado a envolver a comunidade na discussão sobre questões do trânsito, inclusive do transporte coletivo. No entanto, lamenta que o Conselho não tenha poder deliberativo, e que não tenha sido consultado sobre o aumento da tarifa.
*O vereador revelou que recebe inúmeras queixas e reclamações da população acerca do transporte coletivo de Porto Velho. “Por não possuir transporte alternativo, como o serviço de vans, oferecido nas grandes cidades, a população fica à mercê das empresas que detém concessões para explorar o transporte de passageiros”, disse.
*Na opinião do vereador, há a necessidade de se alterar os mecanismos legais que autorizam o reajuste do transporte coletivo. José Wildes defende a realização de fóruns de debate, com a participação das associações de moradores, dos empresários do setor, da Prefeitura, dos movimentos estudantis, enfim, envolvendo todos os interessados, com a finalidade de se confrontar o valor pago pelos usuários e os serviços que são oferecidos. “Estamos solicitando as planilhas de custo das empresas e vamos fazer um estudo da evolução dos preços da tarifa do transporte coletivo. Os usuários não podem arcar com os custos de um transporte coletivo deficitário, inadequado e que não atende às necessidades da capital”, finalizou.