POLÍTICA & MURUPI - por leó Ladeia

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Foto: Divulgação

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Frase do Dia "Queremos fazer nossa música onde não tenhamos um pé sobre nossas cabeças, crescer como artistas e pessoas"– Músicos cubanos ao pedir asilo ao Brasil Pauta Política de 01 a 10 01-Sem controle: O homicídio nº 118 de 2007 ocorreu agora no Natal e infelizmente até o Ano Novo a polícia deverá encerrar o balanço da conta macabra com dez homicídios a cada mês. A partir daí teremos também os perfis estatísticos: quem morreu, quem matou e razões do homicídio. Mas já se sabe que na sua maioria jovens morreram pelas armas de jovens e que como pano de fundo está o envolvimento com o tráfico de droga. Homicídio é um crime sem previsibilidade. Mas se a razão é conhecida, pode-se atuar na prevenção. Nosso problema é a droga. E aí... 02-Sem política: O filme “Tropa de Elite” - exageros à parte - mostra o dia-a-dia da polícia do Rio na luta contra o crime e a pior: contra si mesma. Estatísticas manipuladas, corrupção, mancha criminal, ou a arte imitando a vida. Os problemas são os mesmos no filme, no Rio e aqui, respeitando-se as devidas proporções. O que falta, todos sabemos e a solução passa pela implantação de uma política pública de segurança com planejamento, execução, controle e reavaliação. Ou isso ou lamentar as mortes, ler os BOs, checar os dados e ver aumentar a percepção de insegurança. 03-Sem comando: A Coronel Angelina Ramirez vai direto ao assunto e deixa entrever aquilo que todos sabemos numa entrevista concedida a Arimar de Sá. Falta a tal da política pública e em seu lugar o que se vê são as ações de fachada. Instigada a responder sobre as ruas cheias de PMS, a Coronel foi curta a direta: “Isso é Pirotecnia pura! O necessário será sempre, planejamento e estratégia, para frear a criminalidade!”. Ou seja: faltam as ações integradas e a unidade das polícias com eliminação das funções superpostas. Mas como se quebrar velhos paradigmas? 04-Sem solução: O problema não está nas corporações policiais - militar e civil - e sim na forma de administrar. Temos excelentes profissionais nas duas áreas e que dão mostras diárias de talento pessoal. Ocorre, porém que talentos pessoais isolados não fazem um coletivo de resultados e de novo a percepção de insegurança se apresenta penalizando as duas corporações. Reestruturação seria a palavra chave para iniciar-se um processo que levasse à multicitada política pública de segurança. O resto está nos livros de administração nas escolas ou nas boas livrarias do ramo. 05-Liquidação de natal: Senadores e deputados de todos os matizes e de todos os estados estão em Brasília para uma importante tarefa: cobrar a conta do apoio à CPMF. E, como “atrás do trio elétrico, só não vai quem já morreu”, a tchurma de “la outra banda”, também entrou na fila, querendo que suas emendas também sejam abençoadas. Em tempo de natal, vale qualquer coisa desde que seja possível mostrar na hora certa. É que o ano vindouro é ano eleitoral e candidatos e apoiadores não podem chegar à boca da urna com as mãos abanando apenas o título de eleitor.Vale tudo 06-Relaxando e gozando: Nada como um dia após o outro. Empenhada em transformar a sua pasta do Turismo num trampolim para os seus projetos políticos, Marta Suplicy depara-se com um adversário inesperado: a tesoura do orçamento nascida de outra tesoura – a da CPMF. O ministério gerido pela ex-prefeita emerge das análises preliminares dos técnicos da Comissão de Orçamento como um dos principais alvos dos cortes destinados a ajustar as despesas do governo para um 2008 sem CPMF. Uma ótima oportunidade para seguir seu próprio conselho 07- Tesoura seletiva: Em reunião da coordenação política no Palácio do Planalto, o presidente Lula afirmou que as verbas para Saúde e para a Segurança, no Orçamento de 2008 ficarão fora dos cortes para compensar a perda de R$ 40 bilhões com o fim da CPMF. As emendas parlamentares são o principal foco dos ajustes da equipe econômica. Não por acaso Brasília está um formigueiro nos ministérios. Para selecionar os cortes no orçamento, o governo tem um caminho único e com um mapa na mão: os votos pró e contra a CPMF. Depois é só choro e ranger de dentes. 08-Outra tesoura seletiva: Os bancos não repassaram integralmente para o consumidor os sucessivos cortes na taxa básica de juros,mas o valor médio cobrado de pessoa física atingiu em novembro 44,8% o ano - o menor patamar desde julho de 1994. São Paulo e Brasília têm as menores taxas de juros de crediário. O Rio de Janeiro paga mais, pois a taxa aplicada considera diferentes fatores regionais, como a inadimplência, argumento contestado pelo mercado. Em Rondônia nada se fala, nada se publica. E aí o cliente do cheque especial deve se ligar. Tá danado. 09-Bolsa Família x CPMF – tudo grande demais: Entre janeiro e dezembro de 2007, o programa Bolsa Família distribuiu a fabulosa soma de R$ 8,9 bilhões. No total, foram beneficiadas 45,8 milhões de pessoas que integram as cerca de 11 milhões de famílias cadastradas no programa. Querelas política à parte, é um programa impressionante e que tem o mérito de socorrer famílias carentes do país, redistribuindo verbas oriundas principalmente da arrecadação da CPMF, de onde retirava 76% do seu orçamento. Mas é daí também que brota a explicação para a retumbante popularidade do presidente e é ai a que a coisa muda de figura 10-Oxigênio para o gás: Repeteco de ontem: A grande e boa notícia sobre o gasoduto não veio do Amazonas. Nasceu aqui mesmo com a liminar concedida na ação interposta por Ivo Benitez contra o modus operandi para concessão da licença ambiental para construção do linhão de Jauru. É que o fato pode ensejar uma negociação em que o gasoduto entre como moeda de troca. Parabéns ao Procurador Ivo Benitez e um apelo à classe política. Vamos nos debruçar sobre o assunto. Gasoduto Já!
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