Em dez anos, o número de bois na Amazônia Legal quase dobrou. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), evidenciam um modelo econômico que vem sendo condenado por ecologistas.
O rebanho bovino na região norte passou de 37 milhões em 1996 para 73 milhões em 2006, um crescimento três vezes maior que a média nacional.
Em todos os estados da Amazônia Legal houve crescimento do rebanho, sendo que em alguns a quantidade de bovinos praticamente triplicou. É o caso de Rondônia, que registrava 3,900 milhões de cabeças em 1996 e chegou ao ano de 2006 com 11,400 milhões.
Devastação
Outro dado também apurado pelo IBGE é a interiorização da pecuária no estado. Para os ambientalistas o modelo econômico que a região vem adotando é prejudicial à natureza.
De acordo com Iremar Ferreira, ambientalista, a consequencia maior é a devastação das florestas, já que os pecuristas cada vez precisam de mais área para expandir a criação.
O presidente da Associação de Criadores de Nelore, José Macedo, concorda que falta tecnologia para a pecuária no Estado. Para ele, a saída para evitar a degradação ambiental é a adoção de uma política agropecuária baseada em melhorias.