*O paleontólogo Alceu Ranzi e o arqueólogo Josuel Ravani sugeriram ao Ministério Público a construção de um museu em Porto Velho para abrigar o material pré-histórico que será retirado do rio Madeira após a construção das duas hidroelétricas. Os dois estiveram ontem (2) no MP ministrando palestra sobre as riquezas culturais do rio Madeira e da região Amazônica.
*Alceu Ranzi e Josuel Ravani são pesquisadores com ampla experiência no estudo de animais, vegetais e civilizações antigas na Amazônia. Os dois integram a equipe de consultoria contratada pelo MP que está analisando os aspectos da construção das usinas.
*“As regiões florestadas do mundo eram consideradas não produtivas em termos paleontológicos. Este paradigma foi quebrado com estudos desenvolvidos e descobertas nos estados de Rondônia e Acre”, disse Ranzi, ao informar que na Universidade Federal do Acre (UFAC) existem fósseis de animais que viveram na região há 8 milhões de anos.
*Ele explicou que a construção das usinas vai permitir uma visão do leito do rio Madeira. “Essa obra trará uma vasta informação sobre o passado da Amazônia e a população precisa ter acesso a toda essa informação reunida em um museu, que poderá se tornar uma atração turística mundial”.
*Ravani disse que a construção das hidroelétricas implicará em um impacto ambiental muito grande na região. “São milhares de quilômetros de rodovias que serão construídos no meio da floresta. O Estado precisa ter um retorno com essa obra”.
*O arqueólogo já desenvolveu estudos nas regiões de Ji-Paraná, Presidente Médici e Vale do Guaporé, onde encontrou indícios da existência de homens em Rondônia há 6 mil anos. “Com a obra, os trabalhos de salvamento previstos poderão contribuir sobremaneira para ampliar o conhecimento sobre esse passado maravilhoso da Amazônia”, afirmou.
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