Como o estilo de futebol do Brasil mudou depois de Pelé?

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Foto: Assessoria

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Quando o assunto é futebol, o Brasil é praticamente sinônimo de magia com a bola nos pés. Mas, para entender como o estilo de jogo brasileiro evoluiu ao longo do tempo, é essencial olhar para trás — especialmente para a era Pelé. O "Rei do Futebol" não apenas colocou o Brasil no topo do mundo, como também definiu o que o planeta passou a reconhecer como futebol arte: dribles imprevisíveis, inteligência criativa e uma leveza que parecia dançar em campo.
   
Por isso, ao analisarmos essa transformação, é impossível não lembrar dos melhores jogadores brasileiros da história. Nomes como Garrincha, Zico, Romário, Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho e Neymar mostram como cada geração interpretou, à sua maneira, a essência do jogo bonito. Ainda que cada um tenha brilhado sob contextos diferentes, todos beberam da mesma fonte que Pelé ajudou a construir.
 
 
Do improviso à precisão: uma nova cara para o jogo
 
Com o passar do tempo, especialmente a partir dos anos 1980, o futebol brasileiro começou a se moldar às novas exigências do esporte moderno. Inicialmente, a mudança parecia sutil. Ainda víamos toques refinados e dribles desconcertantes, mas agora dentro de esquemas táticos mais organizados. Jogadores como Sócrates, Falcão e Zico mantiveram a chama da criatividade acesa. Tal se reflete na enorme popularidade das apostas no Brasileirão e futebol brasileiro, presentes na Stake.
 
Além disso, com a ascensão do futebol europeu como referência mundial, a influência de treinamentos e táticas estrangeiras passou a moldar também o jogador brasileiro. A partir dos anos 1990, essa tendência ficou ainda mais evidente. O Brasil venceu a Copa de 1994 com uma seleção mais pragmática, focada na defesa e no coletivo — algo que, até então, parecia destoar da identidade nacional, mas que demonstrou uma nova maturidade competitiva.
 
 
Entre dois mundos: a arte e o resultado
 
A partir dos anos 2000, surgiu um novo desafio: equilibrar o DNA do drible com a frieza tática que o futebol moderno exige. Foi aí que craques como Ronaldo, Ronaldinho e Kaká brilharam — cada um unindo técnica apurada com entendimento tático refinado. E mais recentemente, Neymar surgiu como símbolo de uma geração que cresceu sob as câmeras e as cobranças, tentando manter viva a criatividade em meio a esquemas cada vez mais rígidos.
Porém, é importante lembrar que, mesmo diante dessas mudanças, o talento brasileiro continua sendo um diferencial. Ainda hoje, os olhos do mundo se voltam para o Brasil em busca de jogadores que desafiam a lógica e encantam os torcedores. A essência pode ter mudado de forma, mas jamais perdeu sua alma.
 
 
O legado além das quatro linhas
 
Dessa forma, o estilo do futebol brasileiro pós-Pelé não desapareceu — ele se transformou. O jogo bonito agora caminha lado a lado com a disciplina, a ciência esportiva e a pressão por resultados. E, apesar disso, o Brasil segue sendo o berço de atletas que têm a ousadia como instinto. Tudo isso já se nota nas camadas mais jovens no Brasil, onde a magia do futebol continua bem presente.
 
 
Os herdeiros da coroa: os craques que brilharam na Seleção após Pelé
 
Embora Pelé tenha sido um marco inigualável na história da Seleção Brasileira, o seu legado abriu caminho para uma linhagem impressionante de craques que continuaram levando o Brasil ao topo do futebol mundial. E, de fato, após a sua despedida dos gramados com a camisa amarelinha, vários jogadores deixaram suas marcas — cada um com sua personalidade, estilo e impacto.
  • Zico e a geração dos anos 80
Logo nos anos seguintes à aposentadoria de Pelé, Zico surgiu como o novo maestro. Conhecido como o "Galinho de Quintino", encantou com sua visão de jogo, inteligência e precisão nas cobranças de falta. Embora não tenha conquistado uma Copa do Mundo, brilhou intensamente nas campanhas de 1978, 1982 e 1986, sendo até hoje lembrado como um dos maiores ídolos da história da Seleção.
 
Ainda nos anos 1980, Sócrates e Falcão também se destacaram. Sócrates, com seu estilo elegante e pensamento rápido, era o cérebro do time. Falcão, por sua vez, aliava técnica refinada com uma leitura de jogo impressionante. Juntos, formaram o coração da seleção de 1982, considerada por muitos como uma das melhores de todos os tempos — mesmo sem o título.
  • Romário, o gênio da grande área
Já nos anos 1990, o Brasil viveu o renascimento das glórias. Romário, com sua frieza cirúrgica dentro da área, liderou o país rumo ao tetracampeonato em 1994. Ele não apenas marcou gols decisivos, como também se tornou símbolo de confiança e irreverência. Com poucos toques na bola, resolvia partidas.
  • Ronaldo Fenômeno e a conquista do penta
Pouco depois, foi a vez de Ronaldo Nazário, o Fenômeno, assumir o protagonismo. Com apenas 17 anos, já integrava o elenco campeão de 1994, mas foi em 1998 e, principalmente, em 2002 que o mundo viu sua explosão. No pentacampeonato, ele foi o grande herói — marcando 8 gols, dois deles na final contra a Alemanha.
  • Ronaldinho e a magia de volta
Na mesma geração, Ronaldinho Gaúcho trouxe o improviso de volta com seu sorriso no rosto e dribles mágicos. Em 2002, foi peça fundamental na conquista do penta e, nos anos seguintes, se tornou referência mundial de talento puro, conquistando corações até mesmo de torcedores rivais ao redor do mundo.
  • A nova era: Kaká, Neymar e o futuro
Mais recentemente, Kaká, eleito o melhor do mundo em 2007, também teve papel de destaque com a amarelinha. Seu estilo mais objetivo, porém ainda técnico, representava bem o novo futebol brasileiro — mais veloz, físico e taticamente disciplinado.
 
Por fim, Neymar representa a geração atual. Ele é, até o momento, o maior artilheiro da história da Seleção Brasileira, superando Pelé em número de gols. Mesmo sendo frequentemente alvo de críticas, é inegável que Neymar assumiu a responsabilidade de carregar o legado brasileiro em Copas, Copas América e até na inédita medalha de ouro olímpica, conquistada em 2016.
 
 
Quando a poesia encontra a tática
 
No fim das contas, o futebol brasileiro talvez nunca mais volte a ser como era nos tempos de Pelé. Ainda assim, ele continua sendo especial — justamente porque aprendeu a evoluir sem esquecer suas raízes. Hoje, não se trata mais apenas de dançar com a bola, mas de saber quando dançar, como dançar e com quem dançar.
 
E se, por um lado, o futebol moderno pede menos improviso e mais organização, por outro, ainda há espaço para a genialidade que faz os olhos brilharem. Afinal, a história do futebol brasileiro foi escrita por gênios que souberam equilibrar o instinto com a inteligência — e é essa mistura que continua fascinando o mundo, geração após geração.
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