HISTÓRICO
Na eleição do ano passado, a candidata Cristiane Lopes se apresentou como o diferente que Porto Velho precisava. Embora tenha exercido um mandato sem projetos relevantes, Cristiane achou que poderia virar prefeita.
CAMPANHA
Ganhou a confiança e o apoio da deputada federal Jaqueline Cassol e bateu na porta dos evangélicos. Foi recebida de braços abertos já que era contra o isolamento rígido e a favor do kit Covid.
SIMPATIA
Mantendo um discurso leve e com o currículo de vereadora, mesmo que discreto, Cristiane conseguiu superar seus dois principais adversários, Breno Mendes e Ronaldo Florês , e foi para o segundo turno.
REFORÇO
Para a disputa direta com o prefeito Hildon Chaves, recebeu apoio público do deputado Léo Moraes em uma Live no Facebook dele. Leo disse: “eu reconheço nela os valores e predicados de uma mulher aguerrida, zelosa, cuidadosa, afetuosa. Conversei muito com a Cristiane que fez um compromisso com a gente de que ela não está atrelada a grupos políticos e não tem que dar satisfação à caciques políticos”.
PERDEU
Apesar do discurso veemente de Leo Moraes, Cristiane não conseguiu convencer os eleitores de que seus projetos seriam os melhores para Porto Velho. Perdeu a disputa para Hildon Chaves que se reelegeu prefeito.
SAIU
Passada a eleição, Cristiane resolveu mudar de ares. Desconsiderou o envolvimento e o investimento do Partido Progressistas em sua campanha e assinou filiação com o Podemos, do deputado Léo Moraes.
INDIGNAÇÃO
As lideranças do Progressistas consideraram o ato de Cristiane uma traição. O partido afirmou ter investido 1 milhão e 200 mil reais em sua campanha, já que sem isso não teria como manter uma estrutura para disputa majoritária.
INSIGNIFICANTE
Uma liderança do PP revela que Cristiane se tornou candidata sem cacife político e muito menos financeiro. “Ela não era absolutamente nada no cenário para prefeito, ganhou a confiança da deputada Jaqueline por ser mulher, ter boas propostas e demonstrar fidelidade partidária”, explica o dirigente político.
AO PÉ DA LETRA
Ao sair agora do Podemos, Cristiane revela ser coerente com o que afirmou Léo Moraes lá atrás. “Não está atrelada a grupos políticos e nem tem que dar satisfações à caciques”.
MARIDO TRAÍDO
Aliás, Léo Moraes disse que só ficou sabendo da entrada de Cristiane Lopes no governo Marcos Rocha pela imprensa. Tai algo que o deputado Léo Moraes não sabia. Muito obrigado é coisa do passado.
FILIAÇÃO
O PSL (Partido Socialista Brasileiro) já está de braços abertos aguardando Cristiane Lopes. O convite já foi feito pelo presidente do partido, secretário de agricultura Evandro Padovani.
FILIAÇÃO 2
Evandro informou que o PSL vai trabalhar à reeleição do Governador e pretende montar uma nominata forte. O Secretário informou que nos próximos serão anunciado os prováveis nomes que disputarão às eleições pelo PSL no ano que vem.
QUIETA
Cristiane Lopes não respondeu os contatos da coluna para comentar sua saída do Podemos e a nomeação como Secretária Adjunta de Educação.
COMIDA
A impressão que se tem é que fornecer comida para hospitais estaduais e presídios em Rondônia, é um negócio que aguça o apetite voraz de quem é do ramo e tem “amigos” no poder.
MANIFESTAÇÕES
Só o
Rondoniaovivo já divulgou uma dezena de reportagens mostrando o jogo de interesses que alimenta o setor. Começamos então pelos hospitais.
DECISÃO
Uma empresa já excluída pelo TCE ( Tribunal de Contas do Estado ) do processo licitatório, Caleche Comércio e Serviços LTDA, conseguiu por intermédio de uma outra empresa de Brasília, ser contratada para fornecer comida ao Hospital de Base Ary Pinheiro.
INCAPAZ
A empresa Caleche fornece comida para presídios e em 2020 teria sido excluída de outra concorrência por não ter a experiência que é exigida para atender a rede hospitalar. No entanto, através de parceria do Governo de Rondônia com um escritório de projetos, a Caleche conseguiu atropelar a decisão do TCE.
JUSTIÇA
Agora uma outra empresa de alimentos, a Sabor a Mais, entrou com Mandado de Segurança contra a Sejus. A empresa alega violação do princípio da competitividade.
PETIÇÃO
Na denúncia, a Sabor a Mais que há 13 anos já atende presídios de Rondônia, afirma haver perseguição por parte dos gestores da Sejus que estariam interessados em beneficiar outras empresas do setor, incluindo a própria Caleche.
DISPUTA
Tudo teria começado em março de 2020 após a Sabor a Mais ter vencido contrato emergencial referente aos presídios de Porto Velho. A empresa alega que isso teria irritado os gestores da Sejus que já estariam contando com a entrega do serviço para empresas “amigas” da direção da Sejus.
RETALIAÇÃO
A Sabor a Mais alega ter tido pagamentos retidos e enfrentado uma ação administrativa onde supostamente teria entregue comida estragada nos presídios. Por conta das denúncias, a Sejus suspendeu três contratos da empresa referentes a Porto Velho, Rolim de Moura e Pimenta Bueno.
DEFESA
A Sabor a Mais não teria tido direito ao contraditório, como determina o devido Processo Legal. Por conta disso a empresa teria sido incluída na lista de maus pagadores e estaria enfrentado ações trabalhistas além de ter tido bloqueio de contas. A empresa aguarda para ainda esta semana uma decisão sobre o Mandado de Segurança.
OUTRO LADO
A Sejus informou que empresa Sabor a Mais teria descumprido contrato nos últimos três meses. Entre as irregularidades estariam comida azeda, atrasos no fornecimento, ausência de cozinha adequada, troca de cardápio sem autorização, insetos e objetos estranhos nas refeições entre outras ações que fogem do controle da SEJUS.
MEDIDAS
Em razão disso, inúmeros procedimentos administrativos foram adotados pela secretaria, tais como notificações para se adequar aos padrões sanitários e, por fim, rescisão unilateral nos contratos de Porto Velho e Pimenta Bueno, bem como aplicação de multa e pena de impedimento de licitar no processo de Rolim de Moura.
VALORES
A Sejus diz ainda que esclareceu ao Poder Judiciário que todos os pagamentos têm sido realizados dentro do prazo permitido pela legislação e que, portanto, a alegação de que as inexecuções contratuais se dão em razão de pagamento atrasado não assistem razão.