Aos 85 anos de idade — “cabocla das barrancas do Rio Madeira”, como ela faz questão de enfatizar — acaba de publicar o livro de memórias “Andando pelas picadas - obra e vida da artista plástica Rita Queiroz”. Traz fac-símiles de suas obras e o relato de experiências, “para servir de inspiração”, pontua.
Referência cultural em Rondônia, Rita produziu seu recente trabalho literário no decorrer da pandemia do coronavírus. Artista dedicada e muito cortejada por incontáveis admiradores, seríssima e antenada, tem outros livros e muitas pinturas de sua lavra, a maioria evocando temas ribeirinhos.
Sua primeira exposição ocorreu em 1978, no Horel Selton, em Porto Velho. Tinha 41 anos quando estreou como pintora personalística, com traços todos-seus. Tornou-se notável tanto pela sua arte quanto pela sua militância pela cultura, as tradições caboclas e o meio ambiente que se tornaram suas bandeiras de resistência estampadas na tela ou na verve combativa.