O carro, que teve caráter simbólico, já que presidentes não podem dirigir em vias públicas, foi comprado como um gesto de apoio ao então aliado, dono da montadora. A relação entre os dois, no entanto, azedou após uma troca de críticas que se tornou rapidamente viral nas redes sociais.
A briga teve início quando Musk criticou um pacote de gastos públicos aprovado pela Câmara dos EUA, chamando-o de financeiramente irresponsável. Trump rebateu, dizendo-se decepcionado com as declarações do empresário. A situação escalou, com ameaças do presidente de cortar subsídios e contratos do governo com empresas de Musk, como a SpaceX. Em resposta, Musk chegou a dizer que desativaria a cápsula Crew Dragon usada pela NASA, mas depois voltou atrás.
O embate teve impactos diretos no mercado financeiro. As ações da Tesla despencaram 14% no dia da briga, resultando em uma perda de cerca de US$ 26,6 bilhões no patrimônio de Musk. No dia seguinte, houve uma leve recuperação de 4%, alimentada por rumores de uma possível reconciliação, que não se concretizou.
A discussão também envolveu acusações pessoais e políticas. Musk afirmou que Trump era ingrato e que não teria vencido as eleições sem sua ajuda. Trump, por sua vez, disse que Musk “ficou louco” e afirmou ter encerrado o que chamou de “mandato dos carros elétricos”, em referência às políticas de incentivo à eletrificação veicular, medida que afeta diretamente os negócios da Tesla.
A briga continua sem sinais de trégua e com reflexos cada vez mais públicos e intensos.