Área monitorada em Rondônia aponta para o crescimento populacional da comunidade de isolados
Foto: Divulgação
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A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) divulgou na quarta-feira (08) imagens inéditas de povos isolados na Terra Indígena (TI) Massaco, localizada nos municípios de Alta Floresta D’Oeste e São Francisco do Guaporé, em Rondônia. As atividades de monitoramento também confirmaram a presença de isolados na Terra Indígena Kawahiva do Rio Pardo, em Mato Grosso, em julho, por meio de diversos vestígios.
A divulgação das imagens é para reafirmar a presença indígena nesses territórios e reforçar a necessidade de proteção territorial para evitar ameaças à sobrevivência dos grupos indígenas. A Funai está utilizando meios de monitoramento sem a necessidade de contatos diretos como forma de proteção e garantia da autonomia.
Atualmente, são 11 Frentes de Proteção Etnoambiental (FPEs) que atuam sob orientação da Coordenação-Geral de Índios Isolados e de Recente Contato (CGIIRC), vinculada à DPT. É com a ação executada pelas Frentes de Proteção Etnoambiental que a Funai atua para garantir a autodeterminação e autonomia dos povos isolados sem a necessidade de promover contato e sem nenhuma interferência nos seus modos de vida.
O trabalho foi executado pela Diretoria de Proteção Territorial (DPT) da Funai, por meio das Coordenações das Frentes de Proteção Etnoambiental (CFPEs) Madeirinha-Juruena e Guaporé. As Frentes de Proteção Etnoambiental são unidades descentralizadas da Funai especializadas na proteção de indígenas isolados e de recente contato distribuídas especialmente pela Amazônia Legal, onde predominam esses povos.
A Terra Indígena Massaco se encontra demarcada e regularizada pelo Decreto de 11 de dezembro de 1998, com área de 421.895 hectares, localizada nos municípios de Alta Floresta D'Oeste e São Francisco do Guaporé, no estado de Rondônia. A ocupação deste território é exclusiva de povo indígena isolado de etnia ainda desconhecida. Aproximadamente 97,5% da área da TI Massaco estão sobrepostas a Reserva Biológica do Guaporé (REBIO Guaporé).
A CFPE Guaporé realiza permanentemente atividades de proteção do território, monitorando acessos à terra indígena para prevenir práticas ilícitas, como extração de madeira e invasões. Também são realizadas ações de conscientização da população vizinha e manutenção das instalações da Base de Proteção Etnoambiental Massaco.
Dentre as atividades de vigilância e monitoramento, a equipe percorre os limites da Terra Indígena e inspeciona áreas vulneráveis, de forma a coibir e mapear invasões de terceiros no território indígena. Também realiza limpeza e restauração das placas de identificação ao longo dos limites para reforçar a proteção territorial.
Como é feito o monitoramento
Entre janeiro e abril de 2024, uma equipe da Base Massaco, formada por oito profissionais especializados na proteção de indígenas isolados e de recente contato, realizou expedições para registrar vestígios e atividades desses grupos. A equipe da Funai percorreu cerca de 65 km em cinco dias para mapear os vestígios deixados pelos isolados e planejar as próximas ações de monitoramento.
Em fevereiro, uma câmera instalada em uma das trilhas capturou imagens de um grupo de nove indígenas, todos do sexo masculino, com idades estimadas entre 20 e 40 anos. Apesar das condições climáticas que comprometeram a nitidez das imagens, o registro foi fundamental para documentar as características físicas, comportamento, postura, dentre outros aspectos.
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