Dólar comercial inicia o ano acima dos R$ 4

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Foto: Divulgação

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O dólar comercial inicia o ano em forte alta nesta segunda-feira, primeiro dia útil de 2016. Às 10h53, a moeda americana era negociada a R$ 4,041 na compra e a R$ 4,043 na venda, valorização de 2,35% ante o real. Na máxima, o dólar chegou a R$ 4,065, o maior valor durante um pregão desde os R$ 4,154 do dia 29 de setembro. Os dados mais fracos na economia chinesa, que fizeram o principal índice do país despencar e ter as negociações suspensa, estão afetando as divisas de países emergentes. Já a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) registra queda de 1,85% em seu índice de referência Ibovespa, aos 42.545 pontos, renovando a mínima em quase sete anos.

— A preocupação com a China está predominando os negócios de hoje. Há o temor de uma desaceleração econômica na China maior do que o esperado — explicou Paulo Eduardo Nogueira Gomes, economista-chefe AZ FuturaInvest.

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Na China, o PMI registrou o décimo mês consecutivo abaixo da barreira de 50 pontos, o que significa contração da economia. “Isso reacende as preocupações sobre a saúde da gigante asiática, o que levaram os mercados chineses a fecharem antes do horário normal, em meio um novo sistema de “circuit breaker“, lembrou, em nota, Guilherme França Esquelbek, analista da Correparti Corretora de Câmbio.

Nesse cenário, as moedas de países emergentes são as mais afetadas. O dólar subia também frente a divisas como pesos mexicano e chileno. No último pregão do ano passado, o dólar comercial fechou negociado a R$ 3,95, uma alta de 48,4% no acumulado de 2015.

BOLSA EM QUEDA

A desaceleração na segunda maior economia no mundo afeta diretamente as ações de empresas exportadoras de commodities, o que contribui para o forte recuo da Bolsa nesta segunda-feira. A mínima chegou a 42.417 pontos, o menor patamar desde abril de 2009, quando chegou aos 41.977 pontos.

A razão dessa queda, segundo Gomes, é que com a economia da China em desaceleração, menos empresas vão vender produtos para o país.

Os papéis preferencias (PNs, sem direito a voto) da Petrobras caem 0,89%, negociados a R$ 6,64, e os ordinários (ONs, com direito a voto) caem 0,70%, a R$ 8,51. No caso da Vale, o recuo é ainda maior, as ordinárias caem 2,91%, a R$ 12,65.

A preocupação com a China também derruba os principais índices acionários pelo mundo. Na China, foi acionado o sistema de circuit breaker. O CSI 300, da Bolsa de Xangai, despencou 7,02%. O Heng Seng, de Hong Kong, fechou em queda de 2,68% e o Nikkei, da Bolsa de Tóquio, caiu 3,06%. Na Europa, o DAX, de Frankfurt, recua 4,29%, e o CAC 40, da Bolsa de Paris, tem recuo de 2,71%. No caso do FTSE 100, de Londres, a queda é de 2,51%.

Internamente, os investidores repercutem, em menor intensidade, os dados do último boletim Focus do Banco Central, que mostra uma piora das expectativas de crescimento do país.

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