Pensões do INSS podem ser cortadas pelo governo federal

Pensões do INSS podem ser cortadas pelo governo federal

Pensões do INSS podem ser cortadas pelo governo federal

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

O governo estuda endurecer as regras de concessão da pensão por morte para os novos benefícios. A ideia, que tem o próprio ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, como seu maior defensor, é inibir que beneficiárias muito jovens, as chamadas “viúvas-brotinho”, tenham acesso à pensão vitalícia e com  valor integral.

A reforma na pensão por morte está sendo elaborada dentro do Ministério da Previdência Social e a previsão é apresentá-la para análise no Congresso Nacional ainda este ano.  De acordo com dados do INSS, dos 6,8 milhões de pensões ativas atualmente, 188 mil (2,76%) são de viúvas com idade entre 25 e 39 anos.

Desde 2004, o total de pensões pagas pelo INSS cresceu 23,8%, abaixo do aumento geral da folha de pagamento, que teve um acréscimo  de 31,3% no número de beneficiários.Mesmo assim, o governo está firme no propósito de promover uma reforma.

“As regras são muito generosas para a pensão. Não é uma regra sustentável”, disse Garibaldi Alves Filho ao DIÁRIO.

Indispensável/ Por outro lado, a pensão por morte, como é hoje, foi a salvação para Miriam Aparecida Smanioto, que perdeu o marido quando tinha 32 anos, estava grávida de 5 meses e tinha um filho pequeno de 3 anos.  “Eu tinha o aluguel e todas as despesas da casa para pagar apenas com o salário que eu recebia. Hoje, graças à pensão, tenho uma casa própria e um carro”, disse Miriam.

O marido Luiz era auxiliar administrativo e tinha 34 anos quando morreu por conta de um enfarte. “Ele pagava o aluguel e as compras do mês. Eu pagava as contas e demais despesas. O nosso sonho era ter a casa própria. Sem a pensão seria impossível concretizá-lo”, disse a pensionista, que trabalha desde os 15 anos.

Regra permite distorções e união por interesse

Na defesa de regras mais duras para a concessão da pensão por morte, o ministro Garibaldi Alves Filho (Previdência) argumenta que a regra atual permite uma distorção terrível que pode afetar profundamente o equilíbrio das contas do governo.

Segundo o ministro, sem uma exigência de tempo mínimo de contribuição, como é hoje, um segurado que paga apenas um mês de contribuição sobre o teto da Previdência Social (atualmente de R$ 3.916,20) e morre, deixa para a viúva um benefício vitalício igual a este valor. “Se ela viver por mais  40 ou 50 anos, o governo vai pagar o benefício por quase meio século e teve como contrapartida apenas uma contribuição”, disse o ministro.

Quando estava à frente da pasta, entre março de 2007 e junho de 2008, o ex-ministro Luiz Marinho era favorável à mudança nas regras.

Marinho dizia que a pensão por morte, em muitos casos, era usada como uma extensão da aposentadoria. “À beira da morte, os aposentados casavam com mocinhas com o objetivo de deixar a pensão. Assim, aquele dinheiro da aposentadoria continua na família como pensão por um período de 30 a 40 anos, além do previsto pela estatística do INSS”, disse o ex-ministro.

Pensionistas sofreram derrota na Justiça

Antes de 1995, o valor da pensão por morte não era igual ao valor do benefício que o segurado morto tinha direito. A viúva recebia 80% da média de contribuições.  No entanto, a partir de 1995, o INSS mudou a regra e a pensão passou a ser de 100%, mas apenas para as novas concessões. Quem recebia pensão antiga entrou na Justiça para pedir a revisão, mas o Supremo negou. Por mês, o INSS concede  cerca de 30 mil pensões. A média mensal de benefícios de pensão por morte concedidos pelo INSS é de 30 mil. Deste total,  cerca de 44% são para a área rural e 66,4% são para beneficiários da área urbana.

R$ 959 é o valor médio  da pensão por morte

Pensão para camponesa é 44,7% menor no Brasil

As pensões concedidas em áreas rurais têm valor médio de R$ 623,58, ou seja, 44,7% menor do que o valor das pensões por morte na área urbana, com valor médio de R$ 1.129,64

Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Qual sua opinião sobre o bloqueio de emendas parlamentares?
Você acredita que a gestão Hildon Chaves realmente teve 90% de aprovação?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS