Apreensão de CDs com programas piratas quase dobra em fevereiro
Foto: Divulgação
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Mais de 406 mil CDs com softwares falsificados foram apreendidos durante o mês de fevereiro, um aumento de 97% comparado ao mesmo período em 2010. Os dados foram divulgados nesta segunda (14) pela Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES) e pela Entertainment Software Association (ESA).
Segundo as entidades, foram realizadas 55 operações em todo o Brasil. Os Estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, além da região de Foz do Iguaçu, ficaram novamente no topo do ranking de maior número de apreensões. Em unidades de CDs piratas, foram recolhidos 272,8 mil, 71,3 mil e 52,3 mil, respectivamente.
Além desses produtos piratas, ações na internet retiraram do ar 1,6 mil anúncios destinados à venda de produtos falsificados, além de 34 sites.
“Se não investirmos na conscientização da população, será muito difícil revertermos esse cenário no Brasil. É preciso mostrar que defender a propriedade intelectual significa investir numa economia mais forte, na saúde e proteção das empresas nacionais e na criação de milhares de empregos formais”, indagou Antônio Eduardo Mendes da Silva, coordenador do Grupo de Defesa da Propriedade Intelectual da ABES.
Preço "atrativo"
Um cidadão brasileiro ao comprar um DVD pirata tem gastos proporcionais parecidos ao de um americano ao comprar a mesma mídia legalmente, segundo o estudo “Media Piracy in emerging economies” (Pirataria em mercados emergentes, em tradução livre).
O levantamento comparou preços de produtos (legais e piratas) em países emergentes com o produto original comercializado nos Estados Unidos. Os cálculos foram feitos com base no poder de compra de cada um dos países pesquisados.
Seguindo essa lógica, o DVD do Batman “Cavaleiro das Trevas” pirata no Brasil teria custo ajustado de US$ 20 (o valor real do DVD pirata no país é de US$ 3,50. O estudo considerou o poder de compra do cidadão americano). Enquanto nos Estados Unidos, o DVD original é vendido por US$ 24. Ou seja, o peso no bolso do brasileiro ao adquirir um DVD pirata é quase o mesmo que o de um americano que vai até uma loja e compra um original. Os preços foram coletados em 2008.
Os pesquisadores concluíram que, além da conscientização da população, deve haver um esforço das empresas em adequar os preços. “A falha na definição de preços e distribuição faz com que os investimentos em educação e fiscalização sejam discutíveis”, diz o texto assinado pelo Instituto Overmundo e pelo Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV.
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