INFLUENZA A (H1N1) - Número de mortos pela nova gripe chega a 22 no país – Saiba como se prevenir

INFLUENZA A (H1N1) - Número de mortos pela nova gripe chega a 22 no país – Saiba como se prevenir

INFLUENZA A (H1N1) - Número de mortos pela nova gripe chega a 22 no país – Saiba como se prevenir

Foto: Divulgação

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O número de mortos pela nova gripe no Brasil chegou a 22 casos após a confirmação, nesta terça-feira (21), de uma morte no Paraná e de outras seis mortes em São Paulo. O Ministério da Saúde só deve divulgar o balanço de óbitos no país na quarta-feira (22).
 
No Paraná, o primeiro caso de morte confirmado pela nova gripe é o de uma moradora de São José da Boa Vista (PR), que fica há 300 quilômetros de Curitiba. Em Osasco, na Grande São Paulo, foi registrada a terceira morte, o de uma mulher de 23 anos.

Entre as vítimas está uma mulher de 68 anos, portadora de doença no coração, diabetes, hipertensão e asma. As outras vítimas de São Paulo tinham entre 27 e 50 anos e nenhum histórico de doença mais grave.

O infectologista Paulo Olzon explica que a nova gripe costuma causar uma inflação muito forte no pulmão e alguns pacientes não resistem. Mas, segundo ele, não há motivo para medo. “É necessário que haja uma preocupação, mas que se tire da cabeça esse pavor que existe. Essa gripe tem uma mortalidade baixa, como a gripe comum.”

Quem está gripado e em dúvidas deve procurar um médico e se tratar em casa. Só quando há um agravamento dos sintomas como febre alta, acima dos 38 graus e que não passa, mal estar e dificuldade para respirar a pessoa deve ir a um hospital. Já as crianças precisam de atenção especial.

“Criança é complicado porque não reclama, só chora. Mas tem alguns sinais que a mãe pode identificar. Se está com o lábio ficando roxinho, a ponta da orelha, batimento da asa do nariz, você olha a costelinha da criança e tem uma respiração diferente, a febre não passa, vai para o hospital”, explica o infectologista David Uip.

Vale sempre reforçar o alerta: é preciso ter cuidado redobrado com idosos e crianças.
 
 
Kits para tratamento

O ministro da Saúde José Gomes Temporão informou que o país tem 9 milhões de kits de tratamento para a nova gripe. Ele concedeu entrevista ao vivo para o programa Bom Dia Brasil.
 
Ele disse que os sintomas da nova gripe são os mesmos da gripe comum. Por essa razão, não há a necessidade obrigatória de se fazer os exames laboratoriais para confirmar o contágio pelo vírus Influenza A (H1N1). Sobre as pesquisas para a produção da vacina, ele estima que o Instituto Butantan, em São Paulo, com uma parceria francesa, deve tornar disponível o produto para a população no inverno de 2010.
 
Um laboratório australiano já começou a testar uma vacina contra a nova gripe. "Isso é uma boa notícia. Esse vírus da nova gripe sofreu uma mutação. Recebemos uma nova vacina e começaremos a testar nas pessoas. Isso vai nos permitir avaliar os efeitos colaterais. No hemisfério norte, a vacina já estará disponível em outubro ou novembro deste ano. No Brasil, a vacina só estará pronta em 2010", disse Temporão.
 
Nesta terça-feira (21), 50 mil tratamentos contra a nova gripe chegaram ao depósito do governo Federal. Os medicamentos serão distribuídos a 68 hospitais de referência em todo o país para o atendimento de pacientes infectados pelo vírus Influzenza A (H1N1).
 
Tire suas dúvidas sobre prevenção e tratamento da nova gripe
 
Assim como ocorre na gripe comum, a maioria dos casos de gripe suína apresenta quadro clínico leve e quase 100% evoluem para a cura. A taxa de letalidade média, nas duas situações, é de 0,5%. Toda a mobilização em torno da nova gripe se justifica porque o vírus A (H1N1) é novo e ainda não há pesquisas científicas definitivas sobre suas características. Por isso, a prudência manda acompanhar sua evolução passo a passo. O principal risco associado à doença é uma inflamação severa dos pulmões, que pode levar à insuficiência respiratória. Confira abaixo as orientações gerais para lidar com a nova gripe.

É possível prevenir a doença?

Sim. Cubra a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar e jogue o lenço no lixo após o uso. Lave bem as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar. Você também pode usar produtos à base de álcool para limpar as mãos. Evite tocar os olhos, boca e nariz, porque os germes se espalham desse modo. Não compartilhe objetos de uso pessoal, como copos, pratos e talheres. Evite contato próximo com pessoas doentes. Alimente-se bem.
 
Quais sintomas indicam que eu posso estar com a nova gripe?

Febre repentina, tosse, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações e coriza.
 
O que eu devo fazer se estiver sentindo isso?

Procure seu médico ou vá a um posto de saúde rapidamente.
 
O que eu NÃO devo fazer?

Não deixe passar 48 horas do início dos sintomas sem fazer nada. Não recorra à automedicação nem fique em casa tomando chazinho. Também não fique obcecado pela ideia de fazer a todo custo o teste para confirmar se você tem o A (H1N1) ou não. Médicos e hospitais vão tratá-lo, independentemente da confirmação laboratorial. Eles vão se orientar pelos sintomas, não pelo teste do H1N1. Também não corra para um hospital se você não está com os sintomas descritos. Muitos hospitais ficaram lotados recentemente com o assédio de pessoas que não tinham nem gripe comum. Evite todos esses extremos. Não há razão para pânico.
 
A nova gripe é parecida com a comum?

Sim. Na gripe comum, a maioria dos casos apresenta quadro clínico leve e quase 100% evoluem para a cura. Isso também ocorre na nova gripe. Em ambos os casos, o total de pessoas que morrem após contraírem o vírus em todo o mundo é, em média, de 0,5%. Como cerca de 30% dos que pegam gripe (de qualquer tipo) não apresentam sintomas, e nem todo mundo vai ao médico para relatar a infecção, a porcentagem real de mortos é ainda menor.
 
Mas se a nova gripe é parecida com a gripe comum, porque tanta mobilização?

Porque o vírus A (H1N1) é novo e ainda não se sabe tudo sobre suas características. É obrigação das autoridades de saúde e da comunidade científica acompanhar de perto a situação. A nova gripe pode afetar gravemente pessoas com sistema imune mais forte, ao menos em certos casos. O principal risco associado à doença é uma inflamação severa dos pulmões, que pode levar à insuficiência respiratória, ou seja, incapacidade de respirar direito.
 
O que indica agravamento do quadro clínico?

Frequência respiratória superior a 25 respirações por minuto, dores no peito, pressão baixa, dedos das mãos e dos pés arroxeados, confusão mental, sinais de desidratação.
 
Quem faz parte do grupo de risco?

Maiores de 60 anos de idade, menores de 2 anos, gestantes, pessoas com diabete, doença cardíaca, pulmonar ou renal crônica, com deficiência imunológica (como pacientes com câncer ou em tratamento para Aids) ou com doenças provocadas por alterações da hemoglobina, como anemia falciforme.
 
Se há agravamento ou eu faço parte do grupo de risco, o que acontece?

Você será encaminhado pelo seu médico ou pelo posto de saúde a um dos 68 hospitais de referência para tratamento de casos que inspiram mais cuidados. Essas unidades prepararam 900 leitos com isolamento adequado para atender aos doentes que necessitem de internação. O agravamento do quadro NÃO significa que ele vá ser fatal. Mesmo nos casos graves, a maioria dos pacientes sobrevive.
 
Quais os critérios de utilização para o remédio contra a nova gripe?

Só os pacientes com agravamento do estado de saúde nas primeiras 48 horas desde o início dos sintomas e as pessoas com maior risco de apresentar quadro clínico grave serão medicados com o remédio específico.
 
Isso é feito porque o medicamento está em falta?

Não. O objetivo é evitar o uso desnecessário e uma possível resistência ao medicamento. O Ministério da Saúde mantém estoque suficiente de medicamento para tratamento dos casos indicados. Além de comprimidos para uso imediato, há matéria-prima para produzir mais 9 milhões de tratamentos.
 
O vírus, se infectar grávidas, pode causar problemas de desenvolvimento em fetos?

Não. O grande problema enfrentado por uma grávida é a relativa debilidade do sistema de defesa de seu organismo na comparação com o de outras pessoas. É por isso que grávidas fazem parte do grupo de risco para complicações pela nova gripe.
 
Quem pega a gripe uma vez pode ser infectado por ela novamente mais tarde?

Não. O organismo cria defesas contra o vírus. No entanto, se houver uma mutação significativa no subtipo do vírus, alterando as características que o agente causador da doença usa para invadir o organismo, é como se fosse uma nova onda de gripe – e aí a doença pode se apresentar de novo.
 
O vírus A (H1N1) tem “transmissão sustentada” no Brasil? O que isso significa?

Que o contágio no Brasil não está mais vinculado a alguém que viajou e foi infectado pelo vírus ao exterior ou ao contato com quem viajou e foi infectado pelo vírus. Era essa a situação entre 24 de abril, data do primeiro alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS), até o dia 15 de julho. Agora o vírus circula pelo país, de forma constante e ininterrupta. Ele não é mais “importado”.
 
A OMS declarou que há uma “pandemia” da nova gripe. Isso significa que haverá alto grau de mortalidade?

Não. O termo “pandemia” só indica que o vírus se espalhou em vários continentes e se transmite de forma sustentada, ou seja, sem interrupção da cadeia de transmissão no horizonte.
 
Qual a origem desse vírus?

A gripe A (H1N1), também chamada de gripe suína, é uma doença respiratória causada por um vírus influenza tipo A cujos "ancestrais" causam regularmente crises de gripe em porcos. Ocasionalmente, o vírus vence a barreira entre espécies e afeta humanos. O vírus da gripe suína clássica foi isolado pela primeira vez num porco em 1930. Desde então, o patógeno sofreu novas recombinações e se tornou mais capaz de infectar pessoas.

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