Toninho da Barcelona é ouvido em 3 CPIs e negocia redução de sua pena

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Foto: Divulgação

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*O doleiro Antonio Oliveira Claramunt - o Toninho da Barcelona - está preso desde agosto de 2004 por lavagem de dinheiro e evasão de divisas em um presídio em Avaré (SP). Claramunt é citado pela PF como um dos maiores doleiros do país. A CPI do Banestado, que investigou crimes de evasão de divisas, estimou que o doleiro movimentou US$ 500 milhões (cerca de R$1,5 bilhão) entre 1996 e 2002. *Quando o doleiro foi preso, em 2004, seu advogado disse que ele não faria "alcagüetação". Agora, no entanto, Barcelona quer reduzir sua pena de 25 anos em troca de cooperação com a Justiça. Ele disse à Polícia Federal ter informações sobre remessas de dinheiro de petistas ao exterior desde 1989. A membros da CPI dos Correios, disse que operou para o PT nas eleições de 2002. Afirmou ainda que remeteu dólares para o exterior para o deputado José Dirce e acusou o Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, de evasão ilegal de divisas. *Barcelona ganhou as páginas dos jornais em agosto de 2004, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Farol da Colina, na qual foram presos 23 doleiros. Barcelona é conhecido como "o doleiro dos federais", por atuar irregularmente para juízes e policiais. Francisco Baltazar da Silva, ex-superintendente da PF em São Paulo, teria comprado US$ 134.600 (cerca de R$405 mil) do doleiro. Indicado para o cargo por ser amigo de Lula, Baltazar pediu exoneração após a revelação de que um auxiliar seu avisara Barcelona da operação. No total, 12 policiais federais seriam clientes do doleiro, movimentando cerca de US$2,6 milhões (R$7,8 milhões). *Ele também foi investigado pela Operação Anaconda, por supostas ligações com o juiz João Carlos da Rocha Mattos, preso sob acusação de vender sentenças. Seu sigilo bancário foi quebrado e revelou que o doleiro também teria como clientes dois funcionários da Justiça, o subprocurador-geral da República Henrique Fagundes Filho, o juiz Aroldo José Washington, da 4ª Vara Cível da Justiça Federal em São Paulo, e o advogado Carlos Alberto da Costa e Silva, preso pela Operação Anaconda. *Em depoimento em agosto a uma delegação de 16 parlamentares da CPI dos Correios, o doleiro afirmou que operava para o PT na campanha de 2002 e envolveu o nome do ex-ministro José Dirceu, que teria remetido dinheiro para o exterior por meio da corretora Bônus-Banval. Segundo ele, as acusações podem ser comprovadas em arquivos eletrônicos, já requisitados pela CPI. O doleiro disse que tinha um funcionário só para atender ao PT em 2002 e 2003. *Barcelona quer negociar redução de pena em troca das provas. Ele acusou também o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e o presidente do BC, Henrique Meirelles, de evasão de divisas. Barcelona disse que descobriu, no ano passado, que tinha como cliente um grupo de empresas que participava do esquema de propinas na prefeitura petista de Santo André. Outro doleiro, chamado Richard Waterloo, lhe teria perguntado sobre o caso e informado do perigo da operação: *- Daí percebi realmente que eu trabalhava para o esquema e que estava envolvido no caso do assassinato do (prefeito) Celso Daniel. *Ele prometeu dar mais informações sobre o esquema e adiantou que o próprio Celso Daniel usava seus serviços de doleiro. O doleiro chorou em seu depoimento, e alegou que é um preso político por saber dos esquemas ilegais de políticos e de pessoas da alta sociedade. Segundo o doleiro, se a caixa-preta do MTB Bank, já citada na CPI do Banestado, for aberta, o país ficará horrorizado. Ele afirmou que o banco movimentou 90% do capital que é mandado ilegalmente para o exterior. *- Instituições de caridade e até padres e freiras vão entrar nesse escândalo se abrirem essa caixa-preta - disse o doleiro. *Em nota, o ministro da Justiça afirmou que remeteu dólares ao exterior de forma legal e que o dinheiro voltou ao país em 2002. Meirelles disse que nunca fez remessa ilegal para o exterior.
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