Acre - Acreanos vão à justiça para não serem expulsos da Bolívia

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Foto: Divulgação

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Brasiléia - O prazo dado pelo governo boliviano para que madeireiros brasileiros que vivem em Bolívia desocupem o território estrangeiro acabou, mas nenhum dos que foram notificados pelo governo do vizinho país deixou suas terras. *No foco central do entrave diplomático entre Brasil e Bolívia, os madeireiros estão recorrendo à Justiça boliviano para garantir o direito de continuarem morando em território estrangeiro. *Foi o que fez o empresário Mílton José Soder, o Chicão, notificado pelo Ministério de Terras Boliviano para deixar a área que ocupa no Departamento de Pando, cujo prazo terminou na última quinta feira. *Por meio de advogados, ele recorreu à Justiça da Bolívia, onde tenta conseguir a nacionalização para garantir o direito de continuar morando e trabalhando na Bolívia. *No último sábado, Chicão foi encontrado pela reportagem da TRIBUNA e pouco admitiu falar sobre o problema. *Sem descer do Jeep importado com o qual trafegava pelas ruas de Cobija e de Brasiléia, ele até tentou fugir da conversa, mas foi logo adiantando que nada teria a declarar sobre o assunto. *"Deixa terminar o assunto, aí a gente fala. Tá só complicando, por isso não vou falar nada. Sair matéria errada no jornal, e isso aí só complica, tem que sair só a verdade" disse ele, referindo-se às inúmeras citações feitas pela imprensa brasileira envolvendo seu nome. *Dono de uma das maiores madeireiras da região, a Caramanu, onde emprega mais de 70 pessoas, Chicão foi um dos oito empresário brasileiros notificados a deixar o país, mas ele disse que vai até as últimas instâncias para tentar garantir sua permanência e das suas empresas no lado de lá da fronteira. *"O problema que existe aqui comigo está sendo resolvido. Não vou colocar gasolina no fogo. Vocês querem que eu fale mal da Bolívia? Tudo está com meu advogado e no consulado também. Vá lá e eles te informam tudinho, tá?", foi o que disse antes de subir o vidro do carro e sair em direção ao centro de Cobija. *No escritório da empresa, em uma rua de barro numa área afastada da cidade boliviana, funcionários trabalhavam normalmente estocando madeiras nas prateleiras na serraria, enquanto soldados da polícia boliviana faziam a segurança do lugar. *Lá, a esposa do empresário, senhora Marni Soder recebeu a imprensa brasileira, mas para dizer que ela e sua família não pretendem sair Bolívia, e que o que está acontecendo agora será resolvido. *"Nós temos que viver aqui. Estamos há oito anos trabalhando e gerando emprego neste país", enfatizou. *Consulado brasileiro não fala sobre a crise *O representante legal do Brasil na Bolívia, vice-cônsul Júlio da Silva, disse estar impedido diplomaticamente de comentar sobre o assunto. Avesso à conversa com jornalista, a autoridade brasileira falou que o papel do consulado no território boliviano é de prestar assistência social e auxílio a brasileiros residente no país, mas que, neste caso, é tratado apenas pelo Itamaraty. *Governo boliviano reforçou segurança na fronteira *Desde sexta feira, um dia depois de terminado prazo para desocupação das áreas onde estão instaladas as empresas brasileiras, o governo boliviano reforçou a segurança nas duas passagens entre os dois países. *Na tranca, a polícia boliviana esteve durante sexta e sábado com os Leopardos, departamento responsável pelo combate ao narcotráfico. Na ponte da amizade, homens do exercito armados com fuzis, vistoriavam todos os veículos que entravam na cidade. *A assessora da divisão do departamento de migração da Bolívia, Lourdes Loredo, disse que a presença reforçada das forças policiais bolivianas nada tem a ver com o momento. *Ela garantiu que por parte do departamento, nenhum brasileiro que vive naquele país foi notificado para sair da Bolívia. As notificações foram realizadas pelo departamento de terras. *"A partir do dia 18 deste mês, iniciaremos uma campanha de informação sobre como os brasileiros devem proceder para regularizarem suas situações junto ao nosso governo. Não será assim de uma hora pra outra que iremos expulsar nossos vizinhos. Alíás, acho isso pouco provável", falou ela. *Segundo levantamento do departamento de migração, cerca de sete mil brasileiros vivem ilegalmente na região de Pando. *Na tarde da última sexta feira, o delegado da Polícia Federal em Epitaciolândia, Aires Nasser, esteve no setor de imigração boliviano procurando informações sobre como estão sendo tratados os brasileiros que tentam entrar na Bolívia. Ele disse não ter recebido nenhuma orientação do governo brasileiro, apenas estava tentando se interar da situação.
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