O 7° Concurso de Qualidade e Sustentabilidade do Café de Rondônia - Concafé e o 1° Desafio de Baristas de Rondônia encerram nesta quinta-feira, 22. As competições foram organizadas pela Secretaria de Estado da Agricultura – Seagri, em parceria com a Prefeitura de Cacoal e o Serviço de Apoio às Micros e Pequenas Empresas – Sebrae, entre os dias 21 e 22 de setembro, no Complexo Beira Rio em Cacoal.
No total, 151 produtores de café de mais de 31 municípios de Rondônia participaram da competição, que é considerada uma das maiores do País. As amostras enviadas pelos competidores foram avaliadas por provadores profissionais de vários estados do Brasil, os quais vieram a Rondônia especialmente para o Concafé. Já o concurso de baristas, ou seja, especialistas em café de alta qualidade, reuniu 12 competidores, que divididos em 4 grupos foram orientados por baristas profissionais. A definição dos quatro finalistas foi feita por três juízes no primeiro dia da competição e o vencedor do desafio foi apresentado nesta quinta-feira, 22. "Avaliamos a acidez, doçura, corpo, balanço e a finalização da bebida", explicou uma das juízas, Maíra Teixeira, barista que veio de Taubaté, São Paulo.
A barista explica que o sabor do café é a junção do paladar com aroma. "No paladar são avaliados a acidez, equilíbrio, corpo e doçura. E no aroma são avaliadas as características olfativas. A forma de preparo influencia no sabor e no aroma do café", detalhou.
Venceu o 1° Desafio a barista iniciante Débora Ferruti, do município de Novo Horizonte, que teve como coach a barista Camila Franco de Curitiba, Paraná. "Eu amo café desde pequena, minha família produz café e amei essa experiência", ressaltou a vencedora.
Já no Concafé, o café robusta amazônico produzido pelo cafeicultor João da Silva Luz de Cacoal reuniu as melhores características, obtendo 84 pontos, classificado como uma bebida suave e delicada, com notas de cereja e morango e venceu a categoria qualidade do 7° Concafé. O cafeicultor, que é da agricultura familiar, conta o segredo do melhor café deste ano. "Nós colhemos somente a cereja madura e secamos na sombra, esse detalhe faz toda a diferença", explica o campeão do Concafé 2022.
O produtor recebeu como prêmio um trator cabinado no valor de R$ 275 mil. Foram distribuídos no total cerca de R$ 350 mil em premiações, por patrocinadores selecionados por edital. Um deles é o empresário de Rolim de Moura, Giacomo Rigoretto. "Nossa empresa ofereceu o prêmio ao segundo colocado, uma plantadora de mudas no valor de R$ 45 mil. Acreditamos na cafeicultura rondoniense, por isso estamos investindo bastante na região", destaca o empresário.
De acordo com o secretário da Seagri, Janderson Dalazen, das 151 amostras, 51 tiveram mais de 80 pontos, já sendo considerado um café especial, o que destaca a qualidade dos cafés robustas amazônicos de Rondônia. Os vencedores da categoria sustentabilidade, um de cada região, também receberam certificado. "Isso mostra que o Concafé mudou a forma de colher, processar e secar os cafés em Rondônia. Agora a gente percebe a explosão de aromas e sabores nas xícaras", ressalta, destacando os demais vencedores.
COLOCAÇÃO
2° lugar - Edorli Knaak - Cacoal;
3° lugar - Wilson Surui - café indígena de Cacoal;
4° lugar - Maria da Silva - café indígena de Alta Floresta d’Oeste;
5° lugar - Tawã Aruá - café indígena de Alta Floresta d’Oeste; e
6° lugar - Uemerson Silva - Novo Horizonte.
Durante os dois dias do 7º Concafé, foram realizadas, ainda, palestras, oficinas e exposição de produtos e agroindústrias familiares, além da participação de produtores de todos os municípios rondonienses.
PARCEIROS
O 7º Concafé foi realizado pela Seagri, em parceria com Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural – Emater, Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril - Idaron, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia - Ifro e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae.