As embaixadas do Brasil na China e na Rússia reportaram, em telegramas ao Itamaraty, problemas em alimentos brasileiros exportados.
Segundo diplomatas, autoridades nos dois países cobram soluções e há até queixa por “falta de controle” em relação aos produtos brasileiros.
Moscou, por exemplo, alertou para o índice de agrotóxico acima do limite permitido. Só em 2020, a reclamação envolveu mais de 300 mil toneladas de soja.
A missão em Pequim, por outro lado, relatou ao menos seis registros de presença do novo coronavírus em embalagens de carne e de pescado.
Nos telegramas, as duas embaixadas disseram que os órgãos de fiscalização da Rússia e da China pediram providência ao Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). (…)
O telegrama assinado pelo embaixador na Rússia, Tovar da Silva Nunes, citou que a agência reguladora russa tem informado repetidamente ao Mapa sobre o fornecimento ao país de soja com níveis acima do permitido desde 2019.
“O lado russo chamou a atenção dos colegas brasileiros para a necessidade de tomar medidas corretivas o quanto antes”, escreveu o diplomata.
Nunes acrescentou ainda que o desrespeito aos limites do agrotóxico corresponde a uma violação aos requisitos do regulamento técnico da União Aduaneira sobre a segurança dos grãos.