Os plantios de florestas plantadas, como o de teca, que é uma espécie exótica, com elevada aceitação no mercado mundial, é exportada para países da Ásia como a Índia, China e Vietnã
Foto: Secom - Governo de Rondônia
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Nos últimos anos, empresários do setor florestal de Rondônia vêm apostando em novos plantios de espécies nativas e exóticas. As espécies de maiores interesses são os pinus tropicais para produção de goma-resina; os eucaliptos para a demanda de geração de energia térmica, secagem de grãos, para o setor ceramista, frigoríficos e laticínios. Já o setor de lâminas, para fabricação de compensados, vem sendo contemplado por uma espécie nativa de excelente qualidade, que é o pinho cuiabano, também conhecido como bandarra.
Os plantios de florestas plantadas, como o de teca, que é uma espécie exótica, com elevada aceitação no mercado mundial, é exportada para países da Ásia como a Índia, China e Vietnã. “O escoamento da produção florestal é facilitado por uma extensa malha viária e um importante rio da bacia Amazônica, que é o rio Madeira, o qual liga aos oceanos Atlântico e Pacífico, aliada a uma legislação desburocratizada para o setor, o que tem motivado a atração de importadores de madeiras dessa espécie florestal”, destacou o coordenador de Florestas Plantadas, Edgard Menezes Cardoso.
Segundo ele, em 2017, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) autorizou a extração e a comercialização de 40.078,7629 metros cúbicos de madeiras para produção de lâminas e de 9.416,9151 metros estéreo de lenha, que serve para atender frigoríficos, laticínios, curtumes, panificadoras e cerâmicas. “As liberações foram de madeiras de espécies nativas baseados em projetos de produtores rurais e de empresas que passaram pela análise técnica e autorização do órgão ambiental”, explicou Menezes, acrescentando que o comércio de madeira e lenha gerou renda direta para os produtores rurais estimada em mais de R$ 2,7 milhões.
O plantio de florestas, sejam elas exóticas ou nativas, é um importante contraponto ao desmatamento na medida em que reduz a pressão sobre as florestas nativas quando se busca extrair delas madeiras e produtos florestais. A goma resina, que é oriundo de árvores de pinus, tem grande aceitação nos mercados nacional e internacional. Dela se extrai o breu, que é utilizado para fabricação de cola, tintas e adesivos, e a terebentina, na fabricação de cosméticos, perfumes, óleo de pinho e outros produtos de composição mais complexas. “No estado existem quatro produtores que comercializam a goma resina com uma produção mensal de cerca de 110 toneladas”, assegurou Menezes.
Para o coordenador de Florestas Plantadas da Sedam, o grande desafio para o setor é atender os pequenos produtores rurais, que somam mais de 100 mil famílias para o cultivo de novas áreas como a Teca, espécie que apresenta bom crescimento no estado e elevado interesse comercial a qual gera ganhos econômicos expressivos.
Diagnóstico das Florestas Plantadas
O objetivo é identificar os plantios florestais mapeando as principais regiões plantadoras de florestas com o propósito de traçar políticas públicas para o setor. Os trabalhos, segundo Edgard Menezes, estão em fase de conclusão e já indica uma área aproximada de plantio florestal de 17.000 hectares, com predominância da espécie de pinus tropical com 6.060 hectares, vindo a seguir o eucalipto e teca.
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