Autonomia financeira salva mulheres todo dia - Por Larina Rosa

Cada mulher é livre para fazer suas escolhas, mas não podemos esquecer que as relações românticas não são o centro da vida

Outra semana cheia de notícias ruins por desrespeito masculino toma conta da internet. Dessa vez foi à traição e o fim do casamento da cantora Iza que está no sexto mês de gestação.
 
A traição em um momento tão delicado e vulnerável da mulher é violenta de várias formas. Apostar todas as fichas no companheiro, dormir e acordar junto, dividir a vida, fazer planos e não ser respeitada no momento mais delicado da vida é pesado.
 
Quando esse tipo de coisa acontece com uma mulher que admiramos sentimos que a qualquer momento também podemos ser desrespeitadas, abandonadas e desvalorizadas pelos nossos parceiros.
 
Nessa história, que é a da maioria das mães solos, não podemos deixar de pensar na importância de independência financeira da mulher. Já que está claro que não existe beleza, inteligência, carisma para estar livre dessa afronta, o melhor a fazer é conquistar nosso espaço no mercado de trabalho como garantia.
 
Apesar de toda a dor da decepção a cantora pode seguir com sua carreira quem sabe até faturar como um novo trabalho assim como fez a Shakira e a Beyoncé na mesma situação. Mas e quem depende de seus companheiros financeiramente para viver? 
 
Esse é um dos principais motivos que fazem as mulheres permanecerem em relacionamentos abusivos. Já que muitas vezes elas são impedidas por preconceito dos pais a voltarem para casa e recomeçarem uma vida. Por isso a autonomia financeira salva mulheres todo dia. Ela é um dos caminhos para dar dignidade às vítimas. 
 
Até nisso o machismo implica. Além de afetar o bem-estar de mulheres, também ameaça o desenvolvimento econômico. As alternativas de capacitação e recursos financeiros salvam todos os dias mulheres de homens medianos convencidos que merecem parceiras fabulosas e que não respeitam nem mesmo quando estão grávidas. 
 
Quando casos como esse se repetem fica claro que na nossa cultura a mulher significa pouco para o homem. Um troféu para expor para os amigos, que pode ser descartado quando a troca for mais vantajosa. 
 
Acredito que cada mulher é livre para fazer suas escolhas, mas não podemos esquecer que as relações românticas não são o centro da vida. Não viemos a este mundo apenas para ser mães, esposas e cuidadoras. Não somos objetos para sermos escolhidas nas prateleiras do amor e depois jogadas fora como um brinquedo gasto. Nem precisamos compactuar com a busca masculina de poder e afirmação.
 
É cansativo pedir o mínimo quando merecemos mais. Por isso, assim como a Iza e outras mulheres fortes conseguimos viver sem compactuar com a falta de respeito alheio. Graças à independência financeira ela vai seguir sendo maravilhosa vai dar a volta por cima assim como eu e você caso precise. Mas a chateação é saber que o descaso do outro abre feridas que demoram uma vida para cicatrizar e sabemos que sobre essa dor, nessa fase, ela não precisava.
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