REFLEXÃO: Mais de 50.692 mulheres sofreram violência todos os dias no ano passado, diz estudo

8 de Março

 

Hoje, 8 de março, se celebra o Dia Internacional da Mulher. A data serve para refletirmos sobre a situação da mulher em nossa sociedade, patriarcal e, muito, machista. Ser mulher no Brasil, não é fácil, além de perigoso. Estudo feito pelo Datafolha para o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apontam que houve um aumento nos índices de todas as formas de violência contra as mulheres em 2022. Segundo os dados, 50.692 mulheres sofreram violência todos os dias no ano passado, e foram utilizadas para isso armas de fogo, facas, espancamento, tentativas de estrangulamento, humilhação e xingamentos.

 

Horror

 

Esse show de horrores fica ainda pior, revelado pelo estudo, mostra que apenas no primeiro semestre de 2022, 699 mulheres foram vítimas de feminicídio, uma média de 4 mulheres por dia. Este número é 3,2% maior do que o primeiro semestre de 2021, quando 677 mulheres foram assassinadas.

 

Motivos

 

As razões para esse crescimento na violência contra as mulheres em nosso país, tem uma série de causas, porém, estudiosos são unânimes em afirmar que os cortes de recursos em políticas públicas de proteção à mulher, à pandemia, período em que os agressores – os companheiros – passaram a conviver mais com as vítimas e à escalada do conservadorismo na sociedade. 

 

Delegacia da Mulher

 

Diante de tudo isso, ficamos na torcida que os poderes públicos se unam e criem barreiras de proteção ao público feminino. Uma proposta interessante seria a instalação de Delegacias da Mulher na maioria dos municípios rondonienses, assim, como casas de apoio para mulheres vítimas de violência. Não adianta nada, ela registrar a ocorrência e não ter para onde ir, só restando voltar para casa, onde o agressor também certamente estará lá. 

 

 

Mês Delas

 

Mas as mulheres são guerreiras e talentosas! Assim, as celebrações e homenagens para elas, nunca serão demais. Uma dessas começa hoje(08) e vai até o dia 11 de março, no Teatro Guaporé, em Porto Velho. Trata-se do tradicional show musical ‘Canta Mulher – Brasilidades’. O evento é gratuito e reunirá o melhor das vozes femininas de Rondônia. Simplesmente imperdível! 

 

Gal e Elza

 

Essa é a 31ª edição e é fruto da iniciativa do Fórum Popular de Mulheres e do Sistema Fecomercio/Sesc- Rondônia. Teve também o apoio do Governo do Estado de Rondônia, por meio da FUNCER com a cedência do espaço do Teatro Guaporé para realização das apresentações. Dessa vez, os shows vão homenagear as cantoras Elza Soares e Gal Costa, que serão interpretadas pelas artistas: Izabela Lima, Vanessa Farias, Ana Dantas, Marfiza França, Charlene Marques, Vitoria Mendes, Jhuka Andrade, Marta Braga, Flavia Diniz, Célia Marques, Kaline Leigue, Grupo Vocal Cantadô, Fran Ellwbak e Bado. Agendem e participem!

 

 

Devastação

 

Entra governo e saí governo e a promessa é sempre a mesma: a BR 319 será asfaltada, dando mais uma alternativa de transporte entre Porto Velho e Manaus. Mas essa perspectiva fez o desmatamento no entorno dessa estrada mais que dobrar entre 2020 e 2022.  O aumento foi de 216 km2 em 2020 para 453 Km2, em 2021. Esses números são os maiores já registrados nesse pedaço da Amazônia, desde 2001, e fazem parte de um levantamento feito pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe) a pedido do Observatório do Clima e compartilhado com a Agência Pública. A análise, que considerou os desmatamentos em uma faixa de 50 km de cada lado da estrada, entre 2001 e 2022, ajuda a entender a dinâmica da região. 

 

 

1970

 

A BR-319, foi construída no início dos anos 1970 pela ditadura militar, foi pavimentada no início das suas operações, mas acabou sendo abandonada no fim dos anos 1980 por ter ficado intransitável. As pressões para que essa estrada fosse asfaltada sempre existiram em vários governos, mas os riscos potenciais de desmatamento acenderam vários alertas. 

 

Calo

 

Diversos estudos mostram que, ao longo do processo de ocupação da Amazônia, as rodovias funcionaram como os maiores indutores de devastação da floresta. No caso da BR-319, há um agravante. Ela corta o maior bloco de florestas ainda preservadas da Amazônia. É justamente, essa mistura de desenvolvimento com preservação ambiental, o calo para que se decida ou não pela pavimentação da rodovia. Quer saber mais sobre esse levantamento acesse: 

https://apublica.org/2023/02/desmatamento-no-entorno-da-br-319-dobra-apos-anuncio-de-asfaltamento/

 

Sugestão

 

Ontem, demos na coluna que no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 68 milhões de pessoas ainda não retornaram aos postos de saúde para receber a dose de reforço contra a covid-19. O advogado e professor universitário, Vinicius Miguel, que é um leitor da coluna, mandou a sugestão de que o Governo de Rondônia e as prefeituras deveriam se unir e criar campanhas de estímulo à vacinação. Ele lembrou que não se vê servidores de secretarias de saúde ou agentes de saúde irem nas escolas com o objetivo de vacinar alunos. Fica a dica! Vacina, é sempre bom lembrar, salvam vidas!

 

 

Relaxamento 

 

Cansou de passar vergonha por não saber dançar nada? Para que isso não ocorra mais, aprenda a dançar na Academia de Dança Chagas Peres. Aulas de segunda à quinta-feira e aos sábados em diferentes horários, no Clube do Ferroviário, no centro de Porto Velho. Mais informações pelo telefone: 99994 – 3774 (whatsapp).