CRISTIANE LOPES: Deputada cobra fim da greve do INSS e demais servidores para atender a população

Segundo a parlamentar o que está em jogo não é apenas o salário dos servidores, mas a dignidade de um trabalho essencial e a garantia de direitos fundamentais para toda a população

CRISTIANE LOPES: Deputada cobra fim da greve do INSS e demais servidores para atender a população

Foto: Assessoria

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No Brasil, a luta pelos direitos e pela dignidade no ambiente de trabalho assume mais uma vez os holofotes. Pensando nisso que a deputada federal Cristiane Lopes (União Brasil-RO) ergueu sua voz em nome de milhares de servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que, há mais de 45 dias, se encontram em greve em todo o território nacional.
 
Em um ofício dirigido ao Ministro de Estado da Previdência Social, Carlos Roberto Lupi, a parlamentar descreve um cenário que vai além das reivindicações salariais e da reestruturação de carreiras. “O quadro de desvalorização e precariedade impacta não apenas os servidores, mas também milhões de brasileiros que dependem dos serviços do INSS para acessar direitos fundamentais, como aposentadorias, pensões e auxílios diversos”, comentou.
 
O ofício expõe com clareza as demandas dos servidores: reajuste salarial, valorização e reestruturação da carreira, e aumento dos vencimentos básicos. Estas são reivindicações que, segundo a deputada, são mais do que justas, são necessárias para corrigir anos de desvalorização e abandono.
 
O quadro é desolador, a redução do número de servidores de 25 mil para 19 mil nos últimos anos, condições de trabalho degradantes, sistemas ineficientes, sucateamento e falta de equipamentos modernos. Esses fatores não apenas sobrecarregam os servidores, mas também comprometem seriamente a qualidade do atendimento prestado à população.
 
Cristiane Lopes traz ainda à tona a realidade enfrentada pela população de Rondônia, estado que representa. No documento enviado ao Ministro, ela detalha os problemas vividos nas agências do INSS no estado, onde apenas 14 das 20 unidades estão em funcionamento, e mesmo assim, de forma precária devido à greve.
 
O cenário é ainda mais grave em localidades como Presidente Médici e São Miguel, onde as agências estão fechadas aguardando reforma; Espigão e Buritis, onde a falta de servidores resultou em portas cerradas; e Nova Mamoré, afetada diretamente pela greve. Além disso, o Prevbarco, uma embarcação que deveria estar levando serviços essenciais às comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas do município de Costa Marques, está parada desde janeiro de 2024.
 
“Precisamos urgentemente dar um fim à greve, dar o aumento devido à categoria, contratar mais servidores, fazer justiça com os servidores do INSS e ajudar a população que tanto sofre. Meu pedido ao Ministro Lupi é claro, atender às demandas justas dos servidores, que há anos vêm sendo negligenciadas, pois o desfecho dessa greve não impactará apenas os trabalhadores do INSS, mas determinará também o futuro de milhões de cidadãos brasileiros, especialmente os mais vulneráveis”, concluiu.
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