Afastado no último dia 14 de maio, após deflagração de operação de combate a supostos crimes de corrupção pelo Ministério Público do Estado de Rondônia – MP/RO, o ex-Chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, parece não ter saído do radar do governador Marcos Rocha (SEM PARTIDO).
Com a saída inesperada de Gonçalves, o Governo achou por bem nomear uma interina para a função considerada de importância estratégica. A escolhida foi Gisele da Silva Santos Viana, que exercia anteriormente a função de diretora executiva na Casa Civil.
Casada com o subchefe da Casa Militar, Major Viana, a interina da Casa Civil era responsável pela agenda de Gonçalves antes do seu afastamento, fato que indica que a ideia de Marcos Rocha é de que nada mude na forma como a pasta é administrada.
O afastamento
Deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – GAECO, a operação Propagare apontou suspeitas de corrupção dentro da Casa Civil rondoniense.
De acordo com o Ministério Público, existem fortes indícios de “pagamentos de vantagens indevidas para o secretário-chefe da Casa Civil, por intermédio de contrato simulado de serviços e honorários advocatícios firmado com auxílio e voluntariedade do advogado, visando garantir a manutenção de contrato de prestação de serviços de publicidade no âmbito do executivo estadual”.
O afastamento de Júnior Gonçalves é de 180 dias por determinação da Justiça.
Suspeição
Nesta segunda-feira (7) o relator do processo desembargador Gilberto Barbosa, declarou-se suspeito para o caso, já que é amigo do advogado que representa Gonçalves.
Assumiu a relatoria o magistrado Roosevelt Queiroz, que agora analisa os indícios apontados pelo Ministério Público.