Em São Paulo, o empresário João Dória enfrentou o furor da opinião pública após mandar apagar artes grafitadas em muros pelas avenidas da cidade e ordenar a retirada de moradores de rua de forma considerada agressiva.
Foto: Divulgação
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
Grande vitorioso no pleito 2016 com o ingresso no poder executivo em sete capitais brasileiras, o PSDB retornou à posição de liderança no cenário político nacional. Mirando as eleições majoritárias de 2018, os tucanos entraram com gosto de gás já desde o primeiro dia de seus mandatos, porém em sua grande maioria se depararam com o desagravo da opinião pública e confronto com entidades sindicais por tomarem medidas consideradas impopulares por grande parte da comunidade.
Em São Paulo, o empresário João Dória enfrentou o furor da opinião pública após mandar apagar artes grafitadas em muros pelas avenidas da cidade e ordenar a retirada de moradores de rua de forma considerada agressiva.
Em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, o prefeito tucano Nelson Marchezan Júnior, além de encarar uma crise histórica na economia do estado, assumiu o mandato mal visto pelo funcionalismo público devido ao fato de ano de 2016, na condição de deputado federal, chamar servidores que protestavam em Brasília de vagabundos, se tornando alvo da mídia nacional.
Já em Porto Velho, capital de Rondônia, o prefeito do PSDB, Hildon Chaves, iniciante na política, já teve de encarar seu primeiro embate à frente da cadeira de chefe do executivo da cidade após decidir revogar a lei que garantiria evolução salarial dos servidores em 10% a cada cinco anos através do qüinqüênio.
Empresário e pragmático, Hildon considerou a incapacidade de garantir esse benefício e sanar as contas da prefeitura, contando com sua base na Câmara de Vereadores alterou a lei e extinguiu o beneficio para quem ingressou na prefeitura há menos de três anos.
Hildon e seus vereadores não imaginaram, mas acabaram mexendo em um vespeiro, despertaram o furor dos sindicatos representativos dos servidores e o olhar negativo de grande parte da opinião pública.
Assustados, vereadores aliados de Hildon que haviam votado pela sua determinação decidiram clamar pela revogação da sessão que autorizou a mudança na lei, alguns desses parlamentares chegaram inclusive a acusar as lideranças do prefeito na casa de leis de terem embutido o projeto durante a sessão para aprová-lo na “surdina”.
Com a presidência da câmara e grande parte da mesa diretora ao seu lado Hildon terá que mostrar força dentro do parlamento mirim, três vereadores já requereram a anulação da sessão e a expectativa é de que a pressão popular force mais parlamentares a irem pelo mesmo caminho.
Caso tenha a lei revogada, a gestão Hildon sofrerá uma dura derrota já no início do mandato, fato que poderá enfraquecer sua força dentro Câmara de Vereadores. O caso deve ser tratado com muito tato por Hildon, que já percebeu que não terá céu de brigadeiro nos quatros anos de seu primeiro mandato.
Seguindo uma cartilha que conquistou o apelo nacional pregando a geração de emprego, o saneamento das contas e a ética na política, os prefeitos do PSDB terão que mostrar mais que boa vontade, eles precisarão de pulso firme para cumprir suas promessas de campanhas e muita política de boa vizinhança com sindicatos e entidades de classe, órgãos de grande influência na opinião pública e dentro do parlamento municipal.
A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.
Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!