O Museu Getúlio Vargas – Por Confúcio Moura

O querido Palácio Getúlio Vargas, ficou ali, agora, parado, parece que sem serventia. Saiu de lá o poder estadual, a sede do governo de Rondônia. Foram muitos anos de abrigo solene aos governadores e seus poderes transitórios. Um prédio histórico, lindo,

O Museu Getúlio Vargas – Por Confúcio Moura

Foto: Divulgação

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 Um certo dia, que não sei mais qual foi este dia de fevereiro, subi pela primeira vez, as escadarias do solene Palácio Getúlio Vargas, em Porto Velho – ano de 1976. Com o natural frio na barriga, o jovem médico foi ao encontro de outro médico, muito mais médico, mais homem do que propriamente famoso, o querido Dr Jacob Atallah. Corria o tempo do Governador Coronel Humberto da Silva Guedes, homem de fino trato, elegantíssimo, por certo, vaidoso. Um governador solene, que não dispensava o qualificativo do cargo, as reverências e formalidades. Extremamente correto e trabalhador.

E como tudo me pareceu tão grande, tão solitário, de certa forma, pra mim, suntuoso, vez que vivia numa casa de tábua na cidade de Ariquemes. O palácio como símbolo de um poder se revestia da sobriedade e de um silêncio, não natural, aos frenesis dos palácios franceses. Nem a gala se via destacar, mas, sim a natural energia que o poder exala. E esta energia me acanhou por algum tempo. E fiquei ali, no corredor de cima, parado, olhando para os lados, sem saber para onde ir e me encontrar com a porta certa.

Eu me reencontrei com ele mais tarde. Agora, como Governador, subi e desci suas escadarias. Escadarias que driblam o próprio destino, se para a direita ou para a esquerda e é certo, que me encontrei com ele, circunstancialmente, encontrei-me com ele, agora, como Governador. Ora! que absurda casualidade, circunstância ou próprio destino, fazer-me subir suas escadarias em busca do primeiro emprego de médico e agora, Governador! Só a natureza é capaz de pregar tamanha peça a um ser plenamente mortal, que só queria um emprego.

Pois daí, a minha paixão pelo Palácio Getúlio Vargas. Não direi aqui datas, nem serventia, nem nomes dos que passaram por ele, pelos atos históricos que foram nele celebrados, pelas autoridades, encontros e decisões. Tudo, enfim. Ele é um prédio muito mais que um amontado de tijolos, mantos de reboco, tinta sobre tinta, forros, fossos e salas. O Palácio Getúlio Vargas é o palco iluminado da nossa história.

O querido Palácio Getúlio Vargas, ficou ali, agora, parado, parece que sem serventia. Saiu de lá o poder estadual, a sede do governo de Rondônia. Foram muitos anos de abrigo solene aos governadores e seus poderes transitórios. Um prédio histórico, lindo, fantástico. Ele não pode ser esquecido jamais. Nem ser morada de morcegos e carcomido pela traça e a ferrugem. De palácio há de se transformar no Museu da História do Estado de Rondônia. Bem feito, conservado, que se preste a visitação pública. Recomendo que o Gabinete do Governador fique intacto. Com as fotografias de todos os governadores que passaram por ali. E tudo bonito e vivo. E seja aula e aprendizado em cada tela e olhar curioso. Que seja encantador, para que os visitantes, alunos, pesquisadores possam encontrar ali luz e ideia para suas vidas. Este será o meu legado para Porto Velho e para o nosso querido Estado.

Direito ao esquecimento

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