O deputado, que tinha em sua base de apoio os caciques do PMDB e a bancada evangélica, por diversas vezes afirmou que caso fosse preso não realizaria delação premiada para amenizar sua pena, segundo Cunha “delação é para quem cometeu crime”.
Foto: Divulgação
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A prisão do deputado federal cassado Eduardo Cunha (PMDB) nesta quarta-feira (19) deixou um clima de tensão pelos corredores do poder em Brasília. Até meses atrás detentor de poder e influência entre os legisladores federais, Cunha articulava diretamente os pagamentos de propinas do esquema conhecido como “Petrolão”.
O deputado, que tinha em sua base de apoio os caciques do PMDB e a bancada evangélica, por diversas vezes afirmou que caso fosse preso não realizaria delação premiada para amenizar sua pena, segundo Cunha “delação é para quem cometeu crime”.
LAVA JATO - Eduardo Cunha é preso pela PF e levado para Curitiba
Porém, a sua prisão e o risco iminente de ver sua esposa também atrás das grades, pode levar Cunha a ser o “homem bomba” do momento. O conhecimento de Cunha em relação aos esquemas de corrupção nos bastidores de Brasília é notório, porém a Polícia Federal já se manifestou que ele terá que trazer alguma informação que não consta nos autos da investigação.
A prisão
Realizado em um horário atípico para operações da Polícia Federal, às 13h, a prisão de cunha foi no apartamento funcional cedido aos deputados em Brasília, Cunha utilizava o local mesmo sendo cassado do congresso.
Primeiramente os agentes foram até a casa de Cunha no Rio de Janeiro e sua mulher informou que ele estava em Brasília, por telefone os policiais pediram que ele não saísse de onde estava que uma equipe da PF iria até o local.
Nesse meio tempo o advogado de Cunha foi até a residência e aguardou a chegada dos agentes que realizaram o devido cumprimento do mandado de prisão. O ex-deputado não foi algemado, porém foi levado logo em seguida para o avião da PF onde embarcou para Curitiba.
Em Curitiba, o político preso foi levado à sede da PF onde passou por todos os procedimentos e deu entrada na carceragem. Cunha jantou o marmitex servido para todos os detentos e ficou em cela separada.
PMDB
O governo federal não se manifestou sobre a prisão de Cunha, porém, o presidente Michel Temer (PMDB) que estava em visita oficial no Japão, quebrou o protocolo e partiu para Brasil antes de cumprir sua agenda.
A comunicação oficial do governo Temer, decidiu por bem “blindar” o planalto sobre o assunto para evitar qualquer espécie de ligação entre Cunha e o presidente da república.
No congresso diversos deputados desapareceram após a prisão de Cunha, a bancada do PMDB pode ser a mais afetada com uma possível delação do político que chegou a ser um dos mais poderosos do Brasil.
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