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A corrida começou – Por Valdemir Caldas
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Foto: Divulgação
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A campanha eleitoral para a prefeitura de Porto Velho está nas ruas. Ou melhor, nos gabinetes e ambientes refrigerados. Enquanto aguardam as convenções partidárias, os pretensos candidatos entregam-se às negociações políticas e ao contato com as bases.
No PSB, o deputado federal Mauro Nazif não confirma, mas também não descarta a possibilidade de brigar pela cadeira ocupada hoje pelo prefeito Roberto Sobrinho (PT).
Cansado de desempenhar o papel de coadjuvante, o PMDB do senador Waldir Raupp foi buscar na juventude do ex-vereador e ex-deputado estadual Davi Erse, a esperança de assumir o posto de ator principal, mas, no fundo, a opção do partido era o deputado estadual Zequinha Araújo, que, fala-se, temendo o reaparecimento de uma fita na qual apareceria metendo maços de dinheiro na cueca, quando era vereador, preferiu não arriscar.
Do lado do PV, o vereador Marcelo Reis chegou a ensaiar uma possível candidatura, mas acabou desistindo da idéia. Depois de conversar com amigos e correligionários, resolveu disputar a reeleição e garante que sairá das urnas como o vereador mais votado. O ex-deputado federal Lindomar Garçom confirmou que entrará na disputa.
No PT, a briga está acirrada. A deputada estadual Epifânia Barbosa (que muitos acreditam ser a preferida do prefeito Roberto Sobrinho, apesar de ter votado em seu arquiinimigo, deputado Valter Araújo, na eleição para a presidência da ALE), o vereador Cláudio Carvalho e a ex-senadora Fátima Cleide disputam para saber quem será a ungida ou o ungido do partido.
Cleide não tem dúvidas de que sairá vitoriosa numa disputa interna, mas trabalha e acredita num consenso em torno de seu nome, é claro. E motivos para isso não lhe faltam.
Além de extraordinário capital eleitoral (foram mais de setenta e cinco mil votos, só na capital, na reeleição para o Senado, segundo ela), Cleide garante que tem o apoio expressivo da militância petista. Somem-se a isso a experiência política e o trabalho de oito anos como senadora, refletido num calhamaço de emendas parlamentares, transformado em recursos, que hoje podem ser vistos em obras espalhadas, principalmente, pelos quatro cantos de Porto Velho. Quer queira, que não queira, a mulher é um páreo duro.
No PSD, o deputado estadual José Hermínio Coelho já fala e age como pré-candidato. Seus conselheiros, cuja visão política não vai além dos próprios pés, já decidiram que a melhor estratégia de campanha é continuar batendo no prefeito Roberto Sobrinho e, claro, no candidato que o PT, seu ex-partido, indicar, independente de quem seja. Só que o tiro poderá sair pela culatra. Hermínio conseguirá um punhado de votos, mas não passará disso. Depois, tentará concluir o mandato. Eu disse, tentará, já que o PT vai buscar na justiça o mandato que lhe pertence por direito. Aí não lhe restará outra saída senão o ostracismo.
O vereador licenciado Mário Jorge é um nome que agrada a gregos e troianos dentro do PDT e conta com a simpatia do cacique mor do partido, senador Acir Gurgacz, mas ele mesmo se daria por satisfeito em ser o vice de Cleide ou do próprio Nazif, que já o teria convidado.
O PSOL, com certeza, vai apostar todas as suas fichas, mais uma vez, no professor Adilson Siqueira. Os tucanos, como sempre, continuam em cima do muro. Não se ouve um só bater de asas, indicando a direção que pretendem seguir, enquanto os partidos nanicos, como PMN, por exemplo, continuarão como coadjuvantes.
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