MOTOTÁXI - A concorrência que incomoda - Por Valdemir Caldas

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MOTOTÁXI - A concorrência que incomoda - Por
Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

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A Câmara Municipal de Porto Velho perdeu uma excelente oportunidade para escrever o capítulo final da novela em que se transformou a regulamentação do serviço de mototáxi,   aprovando o Projeto de Emenda à Lei Orgânica, de autoria do vereador Jean Oliveira, subscrito por um terço dos parlamentares.
Além de incluir a atividade de mototáxi, na categoria de serviços públicos, ao lado de outras modalidades, como transporte coletivo, saneamento básico e coleta de lixo, a proposta suprimia o dispositivo da Lei Orgânica que veda a concessão, permissão ou autorização para a exploração desse serviço. Por dez votos a favor, quatro contra, uma abstenção e uma ausência de plenário, a matéria foi rejeitada. Antes da votação, porém, vereadores contra e a favor do projeto se revezaram da tribuna. O presidente da Casa, vereador José Hermínio Coelho, fez um discurso contundente, descendo o relho no lombo das empresas que monopolizam o sistema de transporte coletivo, com a conivência, é claro, do prefeito Roberto Sobrinho, que, durante a campanha eleitoral, prometeu acabar com o ônibus tele sena, mas, até hoje, não teve coragem para peitar o consórcio, que, desde há muito, vem ditando as regras do jogo no setor.
Legítimo representante da classe dos taxistas, dentro e fora do parlamento, o vereador Ramiro Negreiros tratou de desfazer qualquer participação dele num possível lobby para favorecer as empresas de ônibus. Como presidente da Comissão Permanente de Transporte Coletivo, Ramiro tem sido um marcador implacável do consórcio, sempre cobrando das concessionárias a melhoria dos serviços prestados aos usuários, chegando, inclusive, a pedir a cabeça da Secretária Municipal de Transportes e Trânsito (SEMTRAN), Fernanda Moreira, por inapetência.
Não é justo dizer-se que o vereador Chico Caçula teria fugido do plenário para não votar. Membro da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, designado para relatar o projeto do vereador Jean Oliveira, Caçula votou pela aprovação da matéria, justificando que a regulamentação do serviço de mototáxi seria benéfica à população. Vê-se, pois, que ele não teria nenhum motivo para sumir do mapa. Enganam-se, portanto, os que acreditam que a rejeição do projeto vai impedir que os mototaxistas continuem realizando seu trabalho. Ledo engano. De igual modo, a peça publicitária em que dois sindicatos (SINTAX e SINTETUPERON) tentam desqualificar a atividade mototáxi, não logrará êxito. Pelo contrário, mais do que nunca os mototaxistas continuarão infernizando a vida das empresas de ônibus e dos taxistas, tomando passageiros de ambos. É a concorrência que incomoda.
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