Política em Três Tempos - Por Paulo Queiroz

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Foto: Divulgação

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PMDB indica Emerson como vice, Sobrinho aceita e PT tende a homologar a aliança 1 – VICE DE SOBRINHO Salvo uma hecatombe de proporções incomensuráveis no interior do grupo – algo jamais descartável no âmbito da política -, o presidente regional do PMDB rondoniense, senador Valdir Raupp, deverá anunciar nesta segunda-feira (19), após participar de reunião com os integrantes do Diretório da agremiação na Capital, o nome do vereador Emerson Castro como a indicação do partido para a candidatura de vice-prefeito na hipótese de que resulte consolidada a chapa prevista pelo projeto de coligação com o PT objetivando a reeleição do prefeito Roberto Sobrinho, de Porto Velho. Se tudo ocorrer como até agora está acertado nos bastidores, tanto em ralação ao PMDB (onde neste ponto o grau de definição hoje é maior) quanto no PT (onde, mais pela força inercial do assembleísmo característico da legenda do que por qualquer outra coisa, ainda deverão rolar discussões várias), no que diz respeito ao palanque majoritário oficial as coisas estão praticamente resolvidas – entre julho e outubro, para a torcida situacionista, a dupla da hora será Roberto Sobrinho-Emerson Castro. Conquanto alguma coisa ainda possa desandar até o registro em cartório, nos debates internos recentes dos dois partidos a proposta aliancista ganhou força, venceu resistências e escalou um patamar de definições de que só se suspeitava que pudesse alcançar – caso fosse alcançado – lá para o final do mês em curso ou início do próximo, quando o período para a realização das convenções com vistas ao fechamento de acordos e candidaturas estará oficialmente aberto. Claro que quando se fala em PMDB debate é força de expressão. Lá, as resistências à parceria com o PT foram vencidas na base das conversas informais, de pé de ouvido, por assim dizer, com um negociador buscando convencer cada diretoriano contrário à proposta individualmente ou reunindo-os em pequenos grupos. Coube ao próprio Emerson Castro a iniciativa de mapear as obstinações, neutralizar as recalcitrâncias e isolar as intransigências. Deu certo. 2 – EXIGÊNCIA ÚNICA No final, conforme relato de um dos protagonistas, até Emerson Castro foi confrontado pela surpresa ao se constatar investido pelo grupo que mais barulho e agitação produzira sobre o tema no Diretório Municipal do PMDB (encabeçado pelos diretorianos Abelardo Castro, Neirival Pedraça, Maria Rita e Antônio Magalhães) com a autoridade de, nas negociações com os petistas, falar em nome do colegiado. E desse modo, autorizado a encaminhar aos interlocutores do PT a única exigência residual acerca da qual os peemedebistas não mais transigiriam - qual seja, a de indicar o candidato a vice-prefeito. “Tudo bem”, obtemperou Castro. “Mas qual o nome do vice que vocês querem indicar?”, quis saber. Ficou sem jeito quando lhe foi dito que era o dele próprio. Sem jeito e engessado quanto à tarefa de, daí por diante, conduzir as negociações junto aos petistas em nome do seu partido na condição beneficiário do consenso (possível) peemedebista, porquanto o cabotinismo latente da circunstância haveria de diminuí-lo frente aos interlocutores. Já imaginou, leitor, negócio mais vexatório? “O pessoal me mandou dizer que o vice tem que ser eu”. Que situação! É até factível que tenha passado pela sua cabeça a hipótese daquilo ser uma arapuca, porquanto o normal seria encaminhar a nova postura pelos canais utilizados até então. Enfim... Até onde foi possível perscrutar, esta foi, de fato, a solitária exigência que restou da extensa lista de condições do PMDB já revelada aqui. Tomaram o rumo das calendas dóricas histórias como secretarias de porteira fechada, dimensionamento antecipado da participação peemedebista no eventual segundo governo petista, definições apriorísticas de titulares de cargos, vetos atrabiliários e outras postulações do gênero. Conforme deverá ser acertado na reunião peemedebista desta segunda-feira, questões dessa natureza só voltarão à mesa de negociações depois das eleições, caso a coligação de que se fala seja capaz de assegurar a reeleição de Sobrinho. 3 – TENDÊNCIA DO PT Se no que diz respeito ao PMDB as coisas estão nesse pé, do lado do PT ainda tem gente insistindo na candidatura puro-sangue. A tese é amparada pelos resultados das pesquisas para uso interno, que a cada edição revelam um Roberto Sobrinho cada vez mais robusto nas intenções de voto dos porto-velhenses, com índices que o colocam numa dianteira difícil de ser alcançado pela concorrência em todos os cenários até agora experimentados. Não obstante a eloqüência dos percentuais, no PT ainda há os que não confundem os números das sondagens com aqueles que ainda estão por sair das urnas. Lá, a proposta da coligação tem avançado com base, principalmente, na alegação segundo a qual, numa eleição de turnos, a melhor estratégia é fazer acordos na etapa inicial, porquanto na política não há como dispensar as alianças. Na verdade, segundo defende o dirigente petista Odair Cordeiro, o processo se desenvolve em três turnos, porquanto se não forem feitas alianças na primeira fase ou numa eventual segunda, não há como escapar das alianças para governar. E a cada etapa eventualmente vencida sem parcerias, fica mais caro e mais difícil costurar uma aliança para a etapa seguinte. A conclusão é cristalina: se não há como não fazer alianças, então por que não fazê-las logo na etapa inaugural, quando a incerteza maior confere ao partido que está no comando um poder de barganha superlativo? Não bastasse isso, contra a chapa puro-sangue cresce entre os petistas o receio de que, ao se apresentar para o eleitorado com um vice petista, o prefeito Sobrinho termine por legitimar o discurso oposicionista segundo o qual sua verdadeira intenção é servir-se do eventual segundo mandato para largar a administração e se candidatar ao governo em 2010. Não é nada, não é nada, mas apenas para tentar se defender dos ataques daí decorrentes e convencer o eleitor do contrário o candidato à reeleição vai desperdiçar uma energia sem fim. O fato é que, a par do andamento dos acertos dentro do PMDB, Sobrinho já fez ver ao círculo do poder petista que Castro é o nome que lhe convém como companheiro de chapa. No PT, portanto, a tendência é a de homologar a aliança com o PMDB.
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